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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
MONKEYPOX

VARÍOLA DOS MACACOS: preconceito com a doença pode ser obstáculo para controle

Atualmente, no Brasil, já são mais de 3,7 mil infectados, mais de 4 mil suspeitas e uma morte confirmada por varíola dos macacos

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 25/08/2022 às 11:43 | Atualizado em 25/08/2022 às 13:28
É importante ficar atento aos sintomas da doença e procurar atendimento médico o quanto antes - ENVATO

Dias após chegar de Nova Iorque, onde passou as férias, o contador Thiago Leite apresentou febre alta. Logo suspeitou de gripe. No dia seguinte, além da febre, apareceram feridas nas regiões genitais e ínguas na virilha. Diante desses sintomas, procurou atendimento médico.

"Quando senti a febre, acreditei estar com gripe. O cansaço da viagem e a mudança de clima, tudo acaba sendo favorável para isso. Mas quando surgiram as feridas, fiquei assustado e procurei o pronto atendimento", contou Thiago.

"A médica não identificou as lesões como IST (infecção sexualmente transmissível) e, de imediato, alertou a infectologista. Foi quando a suspeita de monkeypox (varíola dos macacos) surgiu", acrescentou. 

Em junho, o primeiro caso de monkeypox ou varíola dos macacos foi registrado no Brasil. Atualmente já são mais de 3,7 mil infectados, mais de 4 mil suspeitas e uma morte confirmada em Minas Gerais.

Os principais sinais da doença são dores musculares, na cabeça e calafrios, febre alta e persistente, e inchaço dos gânglios.

"É importante ficar atento aos sintomas da doença e procurar atendimento médico o quanto antes. Além da medicação, é necessário isolamento por sete dias", explica a infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens.

"É uma doença que já está sendo estigmatizada, e temos que mudar isso", ressalta a médica. 

Por que a varíola do macaco está colocando o mundo em alerta?

Transmissão 

transmissão do vírus ocorre pelo contato próximo com uma pessoa infectada, especialmente com as lesões. Também é possível contrair o vírus por meio de secreções respiratórias, fluídos corporais ou objetos, tecidos e superfícies utilizadas pela pessoa contaminada.

"Muitos acreditam que a transmissão se dá apenas pela atividade sexual, mas beijo, massagem e esportes corpo a corpo com as pessoas que têm as lesões também podem transmitir a varíola dos macacos", alerta a infectologista.

Vacina contra varíola dos macacos

A partir de setembro, as vacinas serão entregues no Brasil em três lotes. As doses serão direcionadas aos profissionais da saúde que tenham contato direto com pacientes infectados.

Ao todo, 25 mil pessoas serão imunizadas, considerando que são necessárias as aplicações de duas doses para completar o ciclo vacinal. As unidades serão produzidas pelo laboratório Bavarian Nordic, que disponibilizou 100 mil doses para a América Latina.

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