Após o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspender os efeitos da lei do piso salarial da enfermagem, o ex-presidente Lula (PT) foi às redes sociais comentar o assunto e fez duas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula e Bolsonaro são adversários na disputa pela Presidência da República nas eleições 2022. Os dois são os mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. Com a postagem, o petista tenta conquistar votos da categoria da enfermagem.
Através de publicação no Twitter, Lula afirmou que sempre defendeu que a enfermagem tivesse um piso salarial. Lembrou ainda que o projeto de lei 2564, que virou a lei nº 14.434, é de autoria do senador Fabiano Contarato, com relatório do deputado federal Alexandre Padilha, ambos do PT.
"Bolsonaro vira as costas para os profissionais que lutaram na pandemia. Seu filho votou contra o piso, assim como seu líder de governo", disparou Lula.
De fato, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), votaram contra o PL do piso salarial da enfermagem. Clique aqui para saber quem votou contra o piso da enfermagem.
Lula criticou ainda o fato de Bolsonaro ter vetado da lei do piso salarial da enfermagem o trecho que trata sobre a correção anual do piso, que seria feita pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
"Agora nega-se a destinar recursos para ajudar hospitais, estados e municípios a pagarem melhor os profissionais que salvam vidas", escreveu o petista.
Ao fim da publicação, o ex-presidente Lula seguiu atacando: "Para arrumar bilhões para seus aliados ele é rápido, mas despreza quem salva vidas no Brasil".
PISO SALARIAL ENFERMAGEM
A lei do piso salarial da enfermagem, que teve os efeitos suspensos por Barroso no domingo (4), prevê o pagamento dos seguintes salários:
- R$ 4.750,00 para enfermeiros;
- R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem;
- R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Com a decisão de Barroso, que é provisória, estados, municípios e instituições terão 60 dias para prestar informações sobre os impactos do pagamento do piso salarial da enfermagem.