A obesidade infantil é uma doença que pode ir muito além dos números mostrados na balança. Ela também pode ser a porta de entrada de doenças ainda mais graves, como diabetes, hipertensão e até infarto.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso e 3,1 milhões já são obesas. Os dados de 2021 despertaram o alerta de médicos de todo o país.
A obesidade infantil pode surgir por uma sucessão de fatores, mas especialistas apontam que um dos maiores causadores da doença são os alimentos ultra processados em conjunto com o sedentarismo.
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A PREVENÇÃO DA OBESIDADE COMEÇA NA INFÂNCIA
A Nutricionista Fabrícia Padilha, coordenadora do curso de nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), explica que a prevenção da obesidade deve começar a partir do nascimento.
"A família tem uma grande importância na formação dos hábitos alimentares das crianças. Apresentar alimentos saudáveis, de diferentes texturas e sabores já é um fator significativo na prevenção da obesidade", disse Fabrícia.
A nutricionista também explica que os parentes devem ser a referência para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis para as crianças.
"Não adianta que pais e mães alimentem suas crianças com comidas saudáveis se eles também não adotam um hábito alimentar positivo. A tendência é que a criança venha a reproduzir aquele os hábitos quando ficar mais velha", pontuou.
Assista - Prevenção e tratamento da obesidade
ATIVIDADES FÍSICAS COMO PREVENÇÃO DA OBESIDADE
Outro fator que deve ser levado em consideração pelos pais e mães é realização de atividades físicas durante a infância.
Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 78% das crianças e 84% dos adolescentes brasileiros são sedentários.
Segundo Cristianne Tomasi, mestre em Educação Física e coordenadora do curso na FPS, explica que o sedentarismo em conjunto com a má alimentação, são potencializadores do aumento de casos de obesidade infantil.
"As crianças de hoje não procuram mais praticar exercícios físicos por conta dos longos períodos de frente às telas. Isso, somado à alimentação irregular, se torna fator de risco para o aumento de casos de obesidade".
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A indicação da profissional é que os pais busquem estimular as crianças a realizarem exercícios por pelos menos duas vezes na semana.
"É importante que, além da prática de atividades físicas de pequeno impacto, as crianças também sejam estimuladas a participarem de brincadeiras ao ar livre, sem que esteja presa às telas".