Piscinas naturais de Maragogi são reabertas ao turismo em Alagoas

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) liberou a visitação em toda a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, entre Tamandaré, em Pernambuco, e Maceió
Mona Lisa Dourado
Publicado em 17/07/2020 às 18:20
Capacidade de visitantes foi reduzida à metade, de 1.500 para 750 Foto: ADRIANA MOREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO


Depois de quase quatro meses fechadas ao turismo, as piscinas naturais de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, voltaram a receber visitantes nesta sexta-feira (17).

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) liberou a atividade turística em toda a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, que tem 120 km de extensão, entre os municípios de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, e Maceió. O órgão havia interrompido o turismo nas áreas protegidas desde o dia 22 de março, como medida para conter a propagação do novo coronavírus.

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A reabertura agora deve obedecer ao protocolos sanitários de ambos os Estados e de cada município da região. 

No caso de Maragogi, um dos principais destinos do Nordeste brasileiro, a capacidade de turistas será reduzida à metade. Dos 1.500 que faziam os passeios às galés, só 750 podem circular diariamente. 

JULIA CARLOS/ACERVO JC IMAGEM - As atividades turísticas em áreas protegidas estavam suspensas desde o dia 22 de março

RESTRIÇÕES A BARCOS E MERGULHO

Para manter o controle, as embarcações passaram a contar com limite de passageiros: 30 para catamarãs, seis para lanchas e oito para escunas. É preciso respeitar, ainda, os distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas, além de disponibilizar álcool em gel e exigir o uso de máscaras sempre que o turista estiver fora da água.

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As operadoras de mergulho também foram autorizadas a voltar a oferecer passeios, mas só poderão utilizar cada cilindro de oxigênio uma vez por dia, para que haja tempo hábil de fazer a higienização da maneira adequada.

BANHO DE MAR EM PERNAMBUCO 

Do lado pernambucano da Costa dos Corais, ainda não há decretos do Estado nem dos municípios liberando as atividades náuticas.

Desde o dia 6 de julho, estão abertas as seis praias de Tamandaré, da Boca da Barra até Carneiros, além das faixas de areia de Rio Formoso (Praia da Pedra e Praia do Reduto). No entanto, apenas atividades ao ar livre e banho de mar estão permitidos por enquanto. Já em Sirinhaém é possível caminhada na orla, mas o mergulho, comércio e passeios náuticos continuam proibidos. Em São José da Coroa Grande, a reabertura ocorre nesta  segunda (20/7), enquanto em Barreiros ainda não há previsão. 

ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM - Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem Data: 10-10-2019 Assunto: TURISMO - Vista aérea da Igreja de São Benedito na praia dos Carneiros. Palavras-chaves: Mar - Azul - Areia Coqueiros - Verde

Continuam sendo obrigatórios o uso de máscaras, manutenção do distanciamento social e disponibilização de álcool 70% nos estabelecimentos.

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Os banhistas devem ficar atentos à proibição de levar utensílios como cadeiras, guarda-sol e cooler para a faixa de areia. Em outros municípios da Região Metropolitana do Recife, onde a reabertura já está em curso, o protocolo é semelhante.

SEGURANÇA SANITÁRIA

Trazer de volta o público fiel e conquistar novos turistas com base em um sentimento de segurança sanitária é o objetivo do selo Turismo Ambiente Seguro, que faz parte do protocolo de prevenção à covid-19 lançado no dia 7 de julho pelo Consórcio Intermunicipal Portal da Mata Sul.

As ações foram construídas em conjunto pelos Núcleos de Saúde e do Turismo das cidades de Barreiros, Rio Formoso, São José da Coroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré, que compõem a Região Turística Histórica dos Arrecifes e Manguezais.

BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM DATA: 05.06.2020 ASSUNTO: Repercussão do caso Miguel em Tamandaré e denúncia do Visse Prefeito Raimundo Nonato contra a prefeitura. Contra cheque de Mirtes e mais duas pessoas que trabalham na casa do Prefeito.

Por isso, a ideia do protocolo é treinar pessoal e preparar os destinos para o momento em que a atividade turística puder ser retomada de forma segura. "O plano como um todo é pensado para proteger turistas, veranistas, trabalhadores e todos os demais envolvidos com o setor", diz a turismóloga Ana Cristina Morais.

O documento contempla uma série de orientações de boas práticas e medidas de biossegurança voltados para toda a cadeia do turismo, que inclui desde os atrativos, hotéis e pousadas, restaurantes, lanchonetes e barracas de praia, além de transportes, feiras livres, comércio, ambulantes, marinas e empresas de eventos, entre outros.

Como outras iniciativas já em vigor no Brasil e no mundo, o selo Turismo Ambiente Seguro será afixado nos estabelecimentos turísticos para que os visitantes possam avaliá-los a partir de um QR Code. "Através dele, também será possível obter informações complementares com orientações de prevenção à covid-19", detalha Ana Cristina. Para receber a chancela, pousadeiros, barraqueiros, ambulantes, bugueiros, mototaxistas, comerciantes em geral e os demais profissionais da cadeia produtiva do turismo passarão por capacitações online, focadas em biossegurança. Em princípio, no entanto, não haverá uma fiscalização posterior para averiguar o cumprimento das medidas. O fiscal será o próprio turista.

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