O corpo do ator e humorista Paulo Gustavo vai ser cremado em uma cerimônia fechada para amigos e familiares na quinta-feira (6). O local e o horário não foram divulgados para evitar aglomerações, informou a assessoria.
Paulo morreu nessa terça-feira (04), aos 42 anos, de complicações da covid-19. Ele estava internado por conta da doença desde 13 de março no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Depois de altos e baixos, ele sofreu uma piora no domingo à noite, quando sofreu uma embola pulmonar. No mesmo dia, ele chegou a ter uma melhora, com redução de sedativos e bloqueadores, e chegou a interagir com a equipe médica e o marido, Thales Bretas.
Grande nome do humor nacional
Niteroiense, Paulo também acumulava as funções de ator, diretor, roteirista e apresentador. Formado pela Casa das Artes de Laranjeiras, em 2005, o artista integrou uma geração de grande nomes do humor formada pelo centro de treinamento, ao lado de nomes como Fábio Porchat e Marcus Majella.
Ele teve como principal marca na carreira a personagem Dona Hermínia, nascida na peça “Surto”, de 2004, inspirada na própria mãe o ator. O sucesso retumbante fez com que o humorista ganhasse seu próprio monólogo, "Minha Mãe É Uma Peça", que se tornou filme com duas continuações e até mesmo livro.
Sua atuação bem-humorada como Dona Hermínia — que reúne diversas observações domésticas e vivenciais de uma dona de casa de meia idade — lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Shell, uma das principais honrarias do teatro brasileiro, no ano de 2006.
No ano de 2018, a apresentação teatral de "Minha Mãe é Uma Peça" virou DVD, tendo como palco uma lotada Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador.
Além de sua “obra-prima”, Paulo Gustavo também teve outros trabalhos marcantes, como a minissérie "Divã", as sitcoms "Vai Que Cola" e "A Vila", a peça "Hiperativo" — onde ele mesmo era personagem — além do humorístico "220 Volts", que foi produzido para a televisão, para o cinema e para o teatro.