A atriz Klara Castanho reapareceu em vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (2), após um período afastada. Em junho, a artista foi exposta sobre ter feito a entrega de um bebê para a doação após ser vítima de estupro. Ela decidiu falar sobre a história após comentários de Antonia Fontenelle e Léo Dias sobre o tema.
Em vídeo, Klara Castanho agradeceu o apoio que recebeu nas redes sociais. "Quero agradecer todo carinho, amor e acolhimento. Quero agradecer a qualquer pessoa que perguntou se eu tava bem, que compartilhou a própria história. Quero agradecer a cada um de vocês", disse.
A atriz também informou que está voltando a trabalhar. "Eu tô retomando e retornando aos poucos as redes sociais. Voltei a trabalhar. Tô nesse início de processo da temporada de 'De Volta aos 15'", disse, em menção à série da Netflix. Veja o vídeo:
Em vídeo, Klara Castanho diz que grava novo trabalho
"Eu e minha família estamos nos recuperando, recuperando a nossa força e vivendo um dia após o outro", disse Klara Castanho.
Ela aproveitou para falar sobre o lançamento da segunda temporada de 'Bom Dia, Verônica', em que vive a personagem Ângela, que sofre abuso do pai, um pastor vivido por Reynaldo Gianecchini. Klara não gravou nenhuma cena explícita do abuso. As sequências são todas sugeridas.
"Espero que vocês recebam muito bem. Quero muito saber o que vocês acham, é um trabalho que me orgulho muito."
A Netflix já informou que irá tomar bastante cuidado na edição das cenas que envolvam a personagem e também na forma de divulgação do projeto.
Klara Castanho: relembre o caso da atriz
A atriz Klara Castanho, 21 anos, teve a vida exposta na internet e se viu forçada a divulgar que gerou e doou um bebê após sofrer um estupro.
Pressionada após rumores sobre o caso começarem a circular na internet, Klara Castanho decidiu expor a situação em uma carta aberta. "Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e um trauma que sofri."
No texto, Klara Castanho contou ter sofrido uma série de violências. Ela foi estuprada e só descobriu a gestação em um período avançado. Optou por entregar a criança para a adoção, mas teve seu trauma revirado e exposto na internet. "Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também.
Não tinha ganhado peso e nem barriga. Eu ainda estava tentando juntar os cacos quando tive que lidar com a informação de ter um bebê. Um bebê fruto de uma violência que me destruiu como mulher", escreveu.
Klara Castanho contou que o médico que a atendeu não teve "nenhuma empatia" por ela. "Esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo."
Por não ter "condições emocionais de dar para essa criança o amor, o cuidado e tudo que ela merece ter", Klara Castanho buscou uma advogada e tomou a decisão de entregá-la à adoção logo que nascesse.
"Passei por todos os trâmites: psicóloga, ministério público, juíza, audiência - todas etapas obrigatórias. Um processo que, pela própria lei, garante sigilo para mim e para a criança."