O governo federal vai antecipar o pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas e o abono salarial em 2021. A medida é uma forma de compensar o fim do auxílio emergencial, que desembolsou recursos para 66,4 milhões de brasileiros. Os pagamentos devem começar entre fevereiro e março. Em 2020, o total antecipado pela medida foi de R$ 47,2 bilhões.
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Mesmo com datas ainda não fechadas, a equipe econômica avalia pagar a primeira parcela do 13º salário, além do auxílio doença e do Benefício de Prestação Continuada, já em fevereiro, e a segunda parte em março de 2021. O mesmo calendário valeria para pagamento do abono salarial.
No último ano, a primeira parcela do 13º salário foi paga na folha de abril e a segunda, na folha de maio, após autorização em Medida Provisória. A primeira parcela do 13º salário equivale a metade do benefício, sem o desconto do Imposto de Renda.
Como os recursos já estão previstos no orçamento e apenas vão ser desembolsados com antecedência, a iniciativa é vista como viável pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Em paralelo, outras medidas são estudadas, como a reformulação ou ampliação do Bolsa Família.
No ano passado, o governo cogitou criar um novo programa social, o Renda Brasil, que seria a marca da administração de Jair Bolsonaro. Entretanto, agora, a sinalização é que o próprio Bolsa Família seja ampliado ou, até mesmo, reformulado.
O chefe do executivo vem afirmando que não tem como prorrogar, mais uma vez, o pagamento do auxílio. Por isso, ele defende que não sejam realizadas novas quarentenas, processo que impacta o comércio e leva ao fechamento das cidades.
“Pessoal criticando alguns prefeitos que estão fechando tudo, ué? Mas o cara já fechava, reelegeu o cara, quer o quê? Ele acha, na cabeça dele, que isso é melhor para o seu município, mas a economia vai embora”, disse.