Atualizada às 12h30
Com o objetivo de combater os crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro, a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (15), a operação "Rip Stop". Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de valores e proibição de pessoa jurídica de participar de licitações.
Os mandados foram expedidos pela Vara Única da Comarca de Nazaré da Mata, na Mata Norte do Estado e cumpridos em endereços do Recife. Segundo a polícia, as investigações - que miram uma suposta organização criminosa - começaram em outubro de 2020. As fraudes teriam sido cometidas em licitações realizadas pelas prefeituras de Nazaré da Mata, Vicência e Timbaúba, e provocado um prejuízo de R$ 265 mil.
Segundo a Polícia Civil, empresas ligadas a um mesmo grupo econômico e familiar concorriam entre si, fraudando, assim, as licitações, já que frustravam o caráter competitivo do certame. A investigação apontou ainda que várias empresas ligadas ao grupo eram de fachada e tinham nos quadros de sócios laranjas do líder da suposta organização criminosa. As pessoas jurídicas e físicas também eram supostamente utilizadas para lavar o dinheiro proveniente das fraudes. Os crimes teriam ocorrido nos anos de 2015 e 2016.
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"Fomos em uma gráfica, bem como na residência dos sócios, justamente para verificar se essa empresa seria de fachada e esses sócios seriam laranjas de um empresário do ramo de gráficas que teria participação em fraudes que já tínhamos verificados com a operação Rip Stop I que ocorreu lá na prefeitura de Petrolina", explicou o delegado Diego Pinheiro, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (2ª Deccor).
Trata-se da 25ª operação de repressão qualificada do ano da Polícia Civil, presidida pelo delegado titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (2ª Deccor), que integra o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Quinze policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participam da execução da operação, cujas investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel) e pelo laboratório de Lavagem de Dinheiro (Lab/Dintel). Até a publicação desta matéria, o órgão não havia divulgado maiores detalhes sobre o caso.