Para agilizar os embarques em voos e, ao mesmo, garantir mais segurança, o governo brasileiro tem tocado testes com uso do reconhecimento facial. A tecnologia, batizada de Embarque + Seguro 100%, dispensa o uso de documento de identificação e cartão de embarque para que passageiros tenham acesso às salas de embarque dos terminais aéreos. Nesta terça-feira (15), o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estreou o uso de biometria simultânea de passageiros no trecho entre Rio de Janeiro (Santos Dumont) e São Paulo.
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Desenvolvido pelo Ministério da Infraestrutura, em parceria com o Serpro e com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o projeto já começou a ser testado também em outras quatro capitais, nos aeroportos de Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santos Dumont (RJ) e Belo Horizonte (Confins), de forma voluntária entre os passageiros.
De acordo com o governo, a tecnologia tem o objetivo de tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos.
“É a primeira vez que os testes são realizados simultaneamente em dois dos nossos aeroportos, estabelecendo assim, também de forma inédita, uma ponte aérea biométrica entre RJ/SP, que é a quinta de maior movimento do mundo”, afirmou o secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.
Nesta terça, passageiros da Azul Linhas Aéreas que forem se deslocam entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont foram convidados a experimentarem a tecnologia de reconhecimento biométrico facial para acessar as áreas de embarque e as aeronaves nos dois terminais.
Após a aprovação do projeto-piloto, o Governo Federal vai implantar a tecnologia de forma efetiva nos principais aeroportos brasileiros.
COMO FUNCIONA:
No momento do check-in no aeroporto, o passageiro é convidado a participar do projeto. Após concordar, a pessoa recebe uma mensagem, no celular informado por ela, solicitando autorização para a obtenção de seus dados, incluindo CPF e uma foto. Com o consentimento, o atendente da companhia aérea, usando o aplicativo desenvolvido pelo Serpro, realiza a validação biométrica do cidadão, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.
A partir da validação, o passageiro fica liberado para ingressar na sala de embarque e na aeronave passando pelos pontos de controle biométricos, que fazem a identificação por meio de câmeras, sem a necessidade de o usuário apresentar documento e cartão de embarque.
No projeto-piloto são medidos indicadores como redução no tempo em filas, no acesso à sala de embarque e à aeronave, além dos custos de operação. Com os testes, espera-se aumentar a segurança aeroportuária já que o reconhecimento facial permite a identificação precisa dos passageiros.