Walter Casagrande se emociona ao falar da morte de Maradona: "Eu sofro quando morre um dependente químico"

Comentarista falou sobre sua experiência na luta contra as drogas
Thalis Araújo
Publicado em 25/11/2020 às 15:42
O comentarista Walter Casagrande Foto: REPRODUÇÃO


O comentarista esportivo Walter Casagrande não conseguiu conter as lágrimas nas entradas ao vivo no Jornal Hoje, da TV Globo, e na Globo News. Ele se emocionou muito ao comentar sobre a despedida ao craque Diego Maradona, que morreu, aos 60 anos, nesta quarta-feira (25), após sofrer um mal súbito. O comentário fez com que o nome Casagrande fosse quarto mais comentado do Twitter no Brasil, com mais de 72,6 mil comentários.

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"Cara, assim, estou bem chocado. Não só pelo Maradona, pelo (Fernando) Vannucci ontem (o jornalista morreu de infarto). Está muito difícil. Joguei a mesma época que o Maradona na Itália. Joguei com o irmão dele no Ascoli, então sempre tive muito contato. Sempre me tratou muito bem. Sempre tratou minha família muito bem. Eu sempre tive preocupação com esse problema da dependência química dele. É a mesma que eu tenho", comentou Casagrande.

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"Eu me tratei e sempre fiquei revoltado com quem estava ao redor dele, porque quem está do lado dele está vendo que está indo para o fundo do poço, se destruindo. E ninguém faz alguma coisa para evitar o que aconteceu hoje. Fico chocado pela perda de um grande jogador, por um cara que eu conheci, gostava muito e por ser um dependente químico. Eu sofro muito quando morre um dependente químico, para mim é muito duro", completou, no Jornal Hoje.

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Já na sua participação na Globo News, o comentarista falou sobre a experiência pessoal na luta contra as drogas.

"Essa guerra contra as drogas... sabe o que eu aprendi? Quando fui fazer meu tratamento, fui evoluindo, evoluindo, até que chegou o momento em que eu não sonhava mais com drogas, não pensava mais. Jogar contra a droga é derrota certa. Se você conseguir chegar ao empate, parou, acabou o jogo. Não dá pra disputar com a droga, ela é muito mais forte do que qualquer ser humano", destacou o comentarista.

"Você tem que olhar no espelho e falar: "eu sou inferior à droga, eu sou derrotado". E é assim que começa o tratamento. Mas é muito duro falar isso no espelho. Quando você assume que é derrotado é que você pode entender que pode sair dessa estrada. Enquanto você não se assumir derrotado, o jogo com ela continua. Quando você chega ao empate, abandona o jogo", concluiu.

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