Coluna do Estadão

Vaga no TCU: após decisão vetar nomeações de indicados que respondam por ações na Justiça, FBC diz que não retirará seu nome

Em privado, seus aliados dizem que a decisão do ministro Walton Rodrigues foi insuflada por seus adversários. Fato é que a decisão do ministro caiu feito luva para os (muitos) adversários de Bezerra

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Alberto Bombig

Publicado em 06/12/2021 às 7:01 | Atualizado em 06/12/2021 às 7:01
Fernando Bezerra foi alvejado pela decisão do ministro Walton Rodrigues, do TCU, vetando nomeações de indicados que respondam por ações na Justiça - Divulgação

A disputa pela vaga do Senado no TCU opôs caciques importantes, rachou partidos, promoveu alianças improváveis e envenenou ainda mais o ambiente na Casa, bastante conturbado após a CPI da Covid. Embora seja do PP, Kátia Abreu (TO) conta com o apoio de Renan Calheiros (MDB-AL), que já emplacou dois ministros no tribunal. A questão é que Fernando Bezerra (PE), colega de partido de Renan, também está na disputa. O PT embarcou na campanha da senadora: Donizete Nogueira, o suplente dela, é petista. A senadora, no entanto, encontra resistência no seu próprio partido. Presidente licenciado do PP e ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI) não trabalha por Kátia Abreu. Antonio Anastasia desponta como o preferido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco: ambos são mineiros e do PSD. O vitorioso irá ocupar a vaga aberta por Raimundo Carrero, indicado por Jair Bolsonaro para a Embaixada do Brasil em Portugal.

Pegando fogo

Fernando Bezerra foi alvejado pela decisão do ministro Walton Rodrigues, do TCU, vetando nomeações de
indicados que respondam por ações na Justiça. Bezerra diz que não está impedido e não retirará seu nome. Em privado, seus aliados dizem que a decisão do TCU foi insuflada por seus adversários. Como se sabe, é grande a influência de Renan no TCU. Fato é que a decisão do ministro caiu feito luva para os (muitos) adversários de Bezerra. A previsão é de que a escolha ocorra entre os dias 14 e 15 deste mês, no voto.

Pauta...

Dois projetos polêmicos podem ocupar o plenário da Câmara ainda neste ano: homeschooling e legalização do cultivo da cannabis sativa no Brasil para fins medicinais. A ideia é votar as duas propostas quase concomitantemente, para agradar aos dois lados da arquibancada.

... cheia

O relatório sobre a educação domiciliar que estará no plenário é o da deputada Luísa Canziani (PTB-PR). Já existem acordos sobre o texto, mas ainda persistem os debates em relação aos destaques.

Vacina sim

Do deputado Alexandre Padilha (PT-SP) sobre a redução de verbas para a vacinação no Orçamento: "Incapaz de impedir a vacinação, Bolsonaro tenta desidratá-la e ignora os problemas de saúde. Temos que acabar com o orçamento secreto e garantir o sanitário, que proteja e salve vidas".

Com segurança

Edson Aparecido novamente colocou a ciência antes da política ao recomendar, quando ainda havia dúvidas, o cancelamento da festa de réveillon na Avenida Paulista. Puxou a fila: outras capitais seguiram o exemplo.

Feminina

A administradora Larissa Bomfim assumiu a presidência do Instituto de Formação de Líderes de São Paulo (IFL-SP). Ela tem a advogada Mariana Nascimento como sua vice.

Pronto, falei!

"Nenhum país cresceu com atitudes antiliberais na economia. Se não crescermos, não há como tirar as
pessoas da miséria e reduzir a desigualdade social". Felipe d'Avila, presidenciável do Novo.

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