O novo coronavírus é rapidamente destruído pela luz do sol, de acordo com um novo estudo anunciado por uma autoridade dos EUA na última quinta-feira (23), que traz esperança de que sua propagação possa diminuir durante o verão. William Bryan, consultor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Interna, disse a repórteres na Casa Branca que cientistas do governo descobriram que os raios ultravioletas têm um impacto potente.
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"Nossa observação mais impressionante até o momento é o poderoso efeito que a luz solar parece ter sobre a morte do vírus, tanto na superfície quanto no ar", disse ele. "Vimos um efeito semelhante tanto com a temperatura quanto com a umidade, o aumento da temperatura ou da umidade ou ambas é geralmente menos favorável ao vírus".
O consultor apresentou um slide resumindo os resultados do experimento realizado no Centro Nacional de Análise e Contramedidas da Biodefesa. Ele mostrou que a meia-vida do vírus - o tempo necessário para reduzir sua quantidade à metade- foi de 18 horas quando a temperatura estava de 21 a 24 graus Celsius com uma umidade de 20% em uma superfície não porosa. Isso inclui superfícies como maçanetas e aço inoxidável, mas a meia-vida caiu para seis horas quando a umidade subiu para 80% - e apenas dois minutos quando a luz solar foi adicionada à equação.
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Quando o vírus foi suspenso no ar, em aerossol, a meia-vida foi de uma hora quando a temperatura estava de 70 a 75 graus com 20% de umidade. Na presença da luz do sol, o tempo caiu para apenas um minuto e meio. Bryan concluiu que as condições do verão "criarão um ambiente com uma transmissão que pode ser reduzida". Entranto, ele alertou que a propagação reduzida não significa que o patógeno seria eliminado completamente e que as medidas de distanciamento social não podem ser totalmente levantadas."Seria irresponsável dizer que percebemos que o verão matará totalmente o vírus e que as pessoas poderiam ignorar essas diretrizes", afirmou.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.