A Venezuela começará uma vacinação em massa contra o novo coronavírus entre dezembro e janeiro com vacinas da Rússia e da China, os principais aliados internacionais do presidente Nicolás Maduro, disse o mandatário venezuelano nesta terça-feira (20).
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"As vacinas russa e chinesa completas devem chegar entre dezembro e janeiro e vamos começar a vacinação", informou Maduro durante pronunciamento na televisão.
O governo socialista garante que a Venezuela atravessa uma "tendência sustentada" de "redução" nos casos de covid-19. O país de 30 milhões de habitantes acumula 87.644 casos confirmados e 747 mortes pela doença, segundo dados oficiais.
Organizações como a Human Rights Watch, no entanto, questionam os balanços oficiais por não serem muito confiáveis.
Maduro destacou que a vacinação respeitará "prioridades" no início, como pessoas "com alguma doença" e idosos, sem especificar idades, além de professores, médicos e enfermeiras.
"Vamos das prioridades urgentes até toda a população. Vamos vacinar todo o povo da Venezuela!", afirmou.
No início de outubro, o país caribenho recebeu um carregamento da vacina russa Sputnik V para participar da fase de testes clínicos, na qual estão incluídos cerca de 2.000 voluntários, entre eles Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente.
Os testes estavam programados para começar este mês, embora o governo não tenha especificado datas.
A Rússia foi o primeiro país a registrar, em agosto, uma vacina contra a covid-19, batizada de Sputnik V em homenagem ao primeiro satélite lançado ao espaço em 1957. No entanto, o anúncio foi recebido com ceticismo pela comunidade internacional.
Atualmente, está em andamento a fase 3 dos testes (o estágio de teste em humanos), na qual, de acordo com a Rússia, mais de 40.000 voluntários estão sendo vacinados.
Enquanto isso, a China, onde o vírus apareceu pela primeira vez no fim do ano passado, está entre os países com as pesquisas mais avançadas para uma possível vacina e já enviou vacinas experimentais para cerca de 60.000 pessoas em vários países como parte dos testes clínicos.
Rússia e China são os principais aliados de Maduro e enviaram ajuda humanitária para tratar o novo coronavírus na Venezuela.
A pandemia encontrou a Venezuela em um estado de desastre econômico, com hiperinflação e quase sete anos de recessão.
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