PANDEMIA

Boris Johnson anuncia plano para o fim gradual do confinamento

O confinamento e a campanha de vacinação em massa resultaram em uma queda do número de novos casos, hospitalizações e mortes

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AFP

Publicado em 22/02/2021 às 10:29 | Atualizado em 22/02/2021 às 11:17
MEDIDAS Horas depois, o governo escocês seguiu a Inglaterra com a mesma 'significativa flexibilização' - TOLGA AKMEN / AFP

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresenta nesta segunda-feira (22) seu plano para acabar com o confinamento na Inglaterra, que começará com a reabertura das escolas no dia 8 de março.

Todo o país entrou em um novo confinamento no início de janeiro para lutar contra a epidemia de covid-19, que provocou mais de 120.000 mortes no Reino Unido e deixou os hospitais à beira do colapso.

Como o confinamento e a campanha de vacinação em massa resultaram em uma queda do número de novos casos, hospitalizações e mortes, Boris Johnson anunciará na parte da tarde, no Parlamento, as medidas para acabar com o confinamento e concederá uma entrevista coletiva.

O secretário de Estado para a vacinação, Nadhim Zahawi, confirmou a reabertura de todas as escolas britânicas em 8 de março. Ele chamou a retomada das atividades de "ambiciosa", mas também a considerou "cautelosa e baseada em dados", de acordo com uma entrevista à BBC.

A partir de 29 de março, serão permitidos encontros ao ar livre limitados a seis pessoas ou duas casas diferentes, segundo o plano do governo.

Porém, estabelecimentos comerciais que não são considerados essenciais - salões de beleza, pubs, restaurantes, cinemas e museus - terão de esperar. O fim do confinamento será "cuidadoso e progressivo", advertiu Boris Johnson.

A campanha de vacinação iniciada em dezembro atingiu a velocidade desejada: um em cada três adultos já recebeu a primeira dose.

O governo prometeu que todos os adultos receberão a primeira injeção da vacina contra a covid até o fim de julho, antecipando a meta inicialmente prevista para setembro.

"Nossa prioridade sempre foi que as crianças retornassem para as escolas, o que é crucial para sua educação, assim como para seu bem-estar mental e físico", declarou Johnson e um comunicado.

Ele também deseja que as pessoas possam "encontrar seus familiares em total segurança" após meses de isolamento e, por isso, vai autorizar reuniões em espaços abertos, onde os riscos de transmissão são considerados menores.

Qualquer decisão, garantiu, será adotada com base nos elementos científicos disponíveis, e com prudência "para não anular os avanços e os sacrifícios" feitos.

O governo já anunciou que a partir de 8 de março, os residentes de casas de repouso poderão receber um visitante, que precisará apresentar teste negativo para a covid-19 e usar máscara.

A boa notícia é o resultado do sucesso da primeira fase da campanha de vacinação, na qual 15 milhões de pessoas receberam a primeira do imunizante, incluindo pessoas que moram em casas de repouso.

Desde então, a campanha foi ampliada para maiores de 65 anos e pessoas "clinicamente vulneráveis". Até meados de abril, o governo espera aplicar a primeira dose da vacina nas pessoas com mais de 50 anos.

Os cientistas afirmam que as vacinas concedem uma proteção por volta de três semanas após a aplicação.

Enquanto as famílias aguardam uma luz no fim do túnel, alguns setores econômicos particularmente afetados pela pandemia, como hotéis e restaurantes, podem ter que esperar mais algumas semanas para retomar as atividades.

O opositor Partido Trabalhista defende a redução do IVA para ajudar os setores.

No Reino Unido, cada uma das quatro nações decide a estratégia para a flexibilização do confinamento. Na Escócia e no País de Gales as escolas retomam as atividades progressivamente a partir desta segunda-feira, começando pelas crianças de menor idade.

Ao mesmo tempo que se prepara para acabar com o confinamento, o governo britânico endurece os controles nas fronteiras para evitar a importação de variantes. Desde segunda-feira passada, os residentes britânicos e cidadãos irlandeses que chegam à Inglaterra procedentes de 33 países considerados de risco devem permanecer em quarentena em um hotel, e pagar pelas despesas.

pau/fb/ybl/af/me/fp

 

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