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'Facebook é substancialmente pior do que tudo que vi antes', diz especialista que trabalhou no Google

O Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram e TikTok apresentam instabilidade na tarde desta segunda-feira (4)

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AFP

Publicado em 04/10/2021 às 16:49
A empresa arrecadou US $ 84 bilhões em 2020, principalmente com publicidade - Pixabay

Grandes redes sociais e seus serviços, como Facebook, Instagram e WhatsApp sofreram uma interrupção geral nesta segunda-feira (4), que afeta potencialmente dezenas de milhões de usuários, informou um site especializado.

O site Downdetector mostrava cortes em áreas densamente populosas, como Washington e Paris, a partir de 12h45 (horário de Brasília).

"Desculpe, algo está errado. Estamos trabalhando nisso e vamos solucionar o problema o mais rápido possível", diz uma mensagem aos usuários que tentam acessar o Facebook.

"Sabemos que muita gente está com problemas para acessar nossos aplicativos e produtos", disse o porta-voz do Facebook no Twitter.

A interrupção ocorre um dia depois de uma mulher aparecer na televisão americana para revelar sua identidade após vazar documentos para as autoridades, alegando que o Facebook sabia que suas plataformas estavam alimentando o ódio e prejudicando a saúde mental de crianças e adolescentes.

Frances Hagen, uma especialista em dados de 37 anos, trabalhou para empresas como Google e Pinterest, mas disse que o Facebook é "substancialmente pior" do que tudo o que já viu antes.

A maior rede social do mundo está envolvida em uma tempestade por causa de Haugen. Congressistas e o jornal The Wall Street Journal detalharam como o Facebook sabia que suas plataformas, incluindo o Instagram, estavam prejudicando as meninas, especialmente no que diz respeito à imagem de seus corpos.

"Acho que finalmente agora os políticos, talvez a Casa Branca e outros líderes, podem olhar para alguém como Frances Haugen e dizer (...) 'Agora depende de nós, o Facebook não se corrigirá'", disse Nora Benavidez, especialista em legislação digital.

Nick Clegg, vice-presidente de política e assuntos globais do Facebook, rejeitou veementemente que as plataformas da empresa sejam "tóxicas" para os adolescentes.

Clegg falou dias depois de uma tensa audiência no Congresso em que legisladores questionaram os executivos do Facebook sobre seu impacto na saúde mental dos usuários mais jovens.

A própria Haugen deve comparecer ao Congresso na terça-feira para testemunhar sobre o assunto.

Na semana passada, os senadores questionaram Antigone Davis, chefe de segurança do Facebook, por causa de um relatório da própria empresa sobre possíveis danos ao aplicativo.

Davis disse aos legisladores que uma pesquisa mostrou que o Instagram geralmente é muito benéfico para crianças de 12 anos com ansiedade, tristeza ou distúrbios alimentares.

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No entanto, o senador Richard Blumenthal leu no tribunal trechos de documentos da empresa, que disse ter recebido de alguém do Facebook, que a contradizia.

"Fortes evidências sugerem que as experiências no Instagram e no Facebook pioram a insatisfação corporal", disse ele, observando que essa afirmação não veio de um funcionário descontente do Facebook, mas de um estudo da própria empresa.

O Facebook está sob pressão implacável para evitar ser uma plataforma de desinformação, ódio e conteúdo prejudicial para crianças.

Os legisladores têm lutado para aprovar novas regras que atualizem as proteções online criadas décadas atrás, quando a mídia social ainda não existia. 

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