coronavírus
Nova "versão" da ômicron é detectada na África do Sul, Austrália e Canadá
Nova "forma" da cepa apresenta metade (14) das mutações da original
Uma nova "versão" da
variante ômicron (B.1.1.529) foi detectada em amostras do vírus vindas da África do Sul, da Austrália e do Canadá, de acordo com informações divulgadas pelo jornal britânico
The Guardian. São sete os casos da sublinhagem confirmados no mundo. Informalmente, cientistas a chamam de "furtiva" (tradução livre de
stealth), pois não pode ser diferenciada de outras cepas apenas com um teste PCR convencional - exige a execução de sequenciamento genético.
Conforme a agência de notícias Bloomberg, a nova "forma" da cepa apresenta metade (14) das mutações da original. Isso fez com que pesquisadores dividissem a B.1.1.529 em duas sublinhagens, destacou o Guardian. A primeira a ser descoberta, em novembro, passou a ser chamada de BA.1; a mais recente, de BA.2.
A confirmação sobre a linhagem do vírus que infectou um paciente sempre requer o sequenciamento genético. Porém, os testes PCR costumam dar "pistas" de qual cepa causou a covid-19. A detecção da ômicron original, por exemplo, se dá por uma mutação no gene "S" (proteína Spike). Essa falha da BA.1 não é encontrada na BA.2, por isso, essa está sendo considerada mais difícil de detectar, informou o jornal britânico na terça-feira, 7.
Conforme revelou o Estadão, o Brasil ainda monitora pouco as variantes do coronavírus que circulam pelo País. Dos 22 milhões de casos de covid-19 confirmados por aqui, só 0,35% foram sequenciados em laboratório. O índice é inferior até ao de países com nível socioeconômico mais próximo, como Chile (0,91%) e África do Sul (0,82%).
Se ainda restam dúvidas sobre a sublinhagem original, a mais recente abre novas incógnitas. Os cientistas ouvidos pelo Guardian questionam onde ela surgiu e se é mais transmissível que a descoberta em novembro. Eles ponderam que, por conta das diferenças genéticas, a BA.2 poderá vir a ser enquadrada como uma nova variante de preocupação.