SAÚDE

Nova Zelândia proíbe venda de cigarros para as próximas gerações

Com a nova lei, a partir de 2027, a idade permitida será aumentada em um ano a cada ano, evitando que a geração que então chegar aos 18 anos possa comprar cigarros legalmente.

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AFP

Publicado em 10/12/2021 às 8:23
O governo também vai legislar para restringir onde o cigarro é vendido e só permitir produtos com baixo teor de nicotina no mercado para reduzir as chances de as pessoas se viciarem - Foto: JC Imagem

A Nova Zelândia quer aumentar gradualmente a idade mínima para adquirir tabaco em um novo plano para reduzir esse vício, o que significa que os jovens de hoje não poderão mais comprar cigarros legalmente, explicou o governo.

O país oceânico atualmente proíbe a venda de tabaco a menores de 18 anos. Com a nova lei, a partir de 2027, a idade permitida será aumentada em um ano a cada ano, evitando que a geração que então chegar aos 18 anos possa comprar cigarros legalmente, disse a ministra adjunta de Saúde, Ayesha Verrall.

"Queremos garantir que as pessoas nunca comecem a fumar... À medida que vão crescendo, elas e as futuras gerações nunca poderão comprar mais cigarro legalmente, porque a verdade é que não existe idade segura para começar a fumar", argumenta.

A ministra adjunta observou que o governo também vai legislar para restringir onde o cigarro é vendido e só permitir produtos com baixo teor de nicotina no mercado para reduzir as chances de as pessoas se viciarem.

De acordo com Verrall, esse plano torna a Nova Zelândia um exemplo na luta contra o tabagismo, com ações como a proibição do patrocínio de marcas de cigarros em esportes desde 1990 ou proibição de fumar em locais fechados em 2004.

"É um dia histórico para a saúde do nosso povo", afirmou. "Fumar ainda é a principal causa de morte evitável na Nova Zelândia e causa um em cada quatro cânceres", completou.

A ministra destacou que os efeitos nocivos do tabaco diminuíram especialmente nas comunidades maori e do Pacífico, onde o número médio de fumantes é o dobro dos 13,5% do restante da população.

A expectativa do governo é reduzir esse percentual para 5% até 2025, o que, em sua opinião, economizaria 3,6 milhões de dólares para o sistema público de saúde. 

 

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