atualizada às 19h17
Em boletim divulgado neste sábado(1º), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou que foram confirmados mais 1.741 casos do novo coronavírus em Pernambuco nas últimas 24 horas. Além disso, também foram confirmadas laboratorialmente 40 novas mortes. Agora, o Estado totaliza 96.746 casos de pessoas infectadas, desde o início da pandemia, com 6.597 vidas perdidas.
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Entre os casos confirmados nesta quarta, 136 (8%) são considerados graves que se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.605 casos (92%) são leves, ou seja, os pacientes não demandaram internamento hospitalar, estavam na fase final da doença ou já curados. Do total de casos, 23.670 se enquadram como graves e 73.076, leves.
As mortes confirmadas nas últimas 24 horas ocorreram desde o dia 16 de abril, em que 23 (57,5%) ocorreram nos últimos três dias, sendo nove mortes registradas na última sexta-feira (31), dez na quinta-feira (30) e quatro na quarta-feira (29). Os outros 17 óbitos (42,5%) ocorrem entre os dias 16 de abril e 28 de julho.
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Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos seguintes municípios: Cabo de Santo Agostinho (2), Camaragibe (2), Carpina (1), Caruaru (2), Gravatá (2), Ipubi (1), Jaboatão dos Guararapes (6), Jupi (1), Nazaré da Mata (1), Olinda (5), Ouricuri (1), Palmares (1), Panelas (1), Paulista (2), Recife (6), Riacho das Almas (1), Sanharó (2), Santa Cruz do Capibaribe (1), São Benedito do Sul (1), Sertânia (1).
Dos 40 pacientes que vieram a óbito, 20 apresentavam comorbidades confirmadas. As vítimas tinham idades entre 30 e mais de 80 anos.
Em relação aos profissionais de saúde, 19.110 foram diagnosticados com a covid-19, e 26.141 tiveram a suspeita descartada. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada.
A crise provocada pela covid-19 acentuou e agravou a desigualdade em todo o planeta, especialmente nas localidades onde há uma maior fragilidade da população mais vulnerável. No Recife, a exemplo de outras cidades ao redor do mundo, a epidemia do novo coronavírus atingiu a sociedade sem distinção, mas a grande fatia das pessoas infectadas se concentra entre os grupos em situação de vulnerabilidade ou em risco, como as pessoas que vivem nas ruas e aquelas que estão onde não há cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Para alcançar essa população, a Prefeitura do Recife tem realizado, desde o último dia 6, uma ação educativa nos locais com precárias condições de saneamento básico e de estrutura domiciliar, o que dificulta a realização de medidas para enfrentar adequadamente a covid-19.
Até agora, nas 12 comunidades de maior vulnerabilidade social por onde passou, a ação porta a porta mobilizou centenas de agentes comunitários, que já visitaram 5.684 casas. “Mais de 20 mil pessoas foram contempladas com essa iniciativa. Elas receberam máscaras, kits com água sanitária, álcool em gel e sabão em barra. Muitas vezes, são áreas de difícil acesso, em que as equipes precisam caminhar a pé, carregando as sacolas com os itens que distribuem”, diz a médica de família e comunidade Sofia Costa, que é diretora de Atenção Básica à Saúde do Recife.
O Recife chegou, nesta sexta-feira (31), a 2.500 altas hospitalares de pacientes que estavam internados com o novo coronavírus em estruturas montadas pela gestão municipal. Ao todo, a rede já realizou o atendimento de 13.500 pessoas, das quais cinco mil precisaram ser internadas. Atualmente o Recife possui 724 leitos construídos para pacientes com a covid-19, sendo 342 da UTI e 382 de enfermaria.
De acordo com a prefeitura, dos mais de mil leitos abertos durante a pandemia do novo coronavírus, 300 foram desativados recentemente, após dias de queda nos indicadores da cidade. “Transformamos terrenos, galpões sem uso, em enfermarias e UTIs que estão salvando vidas. Muito mais do que um número, cada pessoa dessa que voltou para casa curada representa muito para sua família, para os seus amigos e para toda a sociedade”, disse o prefeito Geraldo Julio.
A cidade conta com sete hospitais de campanha e leitos em outras duas unidades de saúde dedicados a pacientes com a doença. Ainda segundo a prefeitura, cerca de 70% das pessoas internadas nos leitos são de fora do Recife. Além das estruturas, a gestão também destinou parte da rede de Atenção Básica à Saúde para atender os casos de coronavírus.
Nas 20 unidades de referência da Atenção Básica já foram realizados 20 mil atendimentos. Com elas, também há a separação dos casos suspeitos e confirmados de pessoas que procuram os postos para vacinação, pré-natal e outras atendimentos.
Na linha de frente, trabalhadores da enfermagem continuam a representar os que mais estão expostos ao risco de infecção, e os números confirmam essa constatação. Em todo o Estado, 18.692 casos da doença foram confirmados entre profissionais de saúde, e 39,9% deles correspondem a quem atua na enfermagem: 28,1% são técnicos/auxiliares e 11,8% enfermeiros.
Na quarta-feira (29), dezenas de vozes da categoria se manifestaram, em comentários por escrito, durante webconferência promovida pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas de Pernambuco (Sindhospe). O evento contou com a participação dos secretários de Saúde de Pernambuco e do Recife, André Longo e Jailson Correia, respectivamente, e a maioria das mensagens escritas foi dirigida a eles.
As queixas foram relativas a baixo salário, pouca valorização profissional e respeito à categoria dos técnicos, falta de adicionais de insalubridade, alto índice de enfermeiros ainda adoecendo, ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados.
"Na propaganda, os enfermeiros são muito importantes pra gestão. Infelizmente, no dia a dia, estamos abandonados", escreveu uma internauta. Um outro comentário trouxe a mensagem: "Secretários, a enfermagem levou a pandemia no braço. Muitos de nós o vírus venceu". Em alguns momentos da live, comentários no chat apareciam como excluídos, e os participantes sinalizaram o ocorrido.
20 apresentavam comorbidades confirmadas