A partir da próxima segunda-feira (10) as feiras do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco estão autorizadas a funcionar. A medida é válida para as cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, municípios vizinhos. As feiras estão suspensas desde março em virtude da pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 100 mil pessoas em Pernambuco.
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (6), o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Bruno Schwambach, afirmou que o governo irá publicar um novo decreto autorizando a reabertura das feiras, mas que os prefeitos dos municípios irão delegar a regulamentação do retorno das atividades.
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O secretário informou que o assunto já foi acordado com os gestores municipais, e que eles devem "estabelecer os protocolos, sempre obedecendo os três eixos de distanciamento social, higiene e comunicação e monitoramento, para que a gente volte a dar oportunidade a uma região tão importante para o Estado de Pernambuco". Bruno Schwambach também pediu o apoio dos feirantes e clientes para cumprir as medidas de prevenção contra a covid-19. Mesmo com a liberação das feiras, o Agreste ainda não irá avançar para a sétima etapa do plano de reabertura econômica.
Apesar da autorização ser para as feiras voltarem a operar no dia 10 de agosto, elas já estavam sendo realizadas de forma irregular nas segundas, em Caruaru e em Santa Cruz do Capibaribe, o que causava uma grande aglomeração de pessoas nos locais.
Criado pela Prefeitura da cidade para realizar entregas de produtos negociados entre os sulanqueiros e seus clientes durante a pandemia de coronavírus, o Delivery Sulanca Caruaru já movimentou mais de R$ 180 milhões na economia do município do Agreste de Pernambuco. De acordo com a prefeitura da cidade, só na última segunda-feira (3), o movimento foi de R$ 25 milhões, o maior número desde que o serviço de delivery começou a funcionar, em maio. Com o resultado, os feirantes encontraram um motivo para comemorar.
Usuário da plataforma, o comerciante Alexandre Vasconcelos, de 44 anos, viu o cenário melhorar a partir de julho, após o fim do lockdown decretado pelo governo de Pernambuco no Agreste. “Com a flexibilização, mais gente começou a buscar pelas nossas mercadorias. Isso que levantou nosso faturamento”, conta ele, dizendo que o Delivery Sulanca abriu seus olhos para o investimento em vendas online. “Os números poderiam ser melhores, mas, só com a internet, já estamos faturando quase 70% do que ganhávamos antes disso tudo”, revela o feirante.
O presidente da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, Pedro Moura, afirma que já há vendedores em situação melhor que a de Alexandre. Segundo ele, parte dos profissionais tem faturado igual ou mais que antes da pandemia. “Alguns sulanqueiros já estão vendendo muito mais que períodos como o fim de ano”, conta ele.
Criado em maio, o programa funciona como estratégia para ajudar na entrega de mercadorias vendidas pelos sulanqueiros aos seus clientes, que vão até o estacionamento do Polo Caruaru, nas segundas-feiras, sempre das 5h às 17h, retirar os produtos de maneira previamente agendada no site deliverysulanca.caruaru.pe.gov.br. Ao todo, já foram realizadas mais 25 mil entregas no local, que recebe ônibus, vans e carros de passeio vindos de vários estados do Brasil.