FERIADO

Em Olinda, regras mais rígidas nos cemitérios, neste Dia de Finados, por causa da covid-19

Número de visitantes está limitado a cem pessoas por vez e tempo de permanência não pode ser maior que uma hora

Cadastrado por

Margarida Azevedo

Publicado em 02/11/2021 às 11:49 | Atualizado em 02/11/2021 às 15:51
Movimento no Cemitério de Guadalupe, em Olinda, na manhã desta terça-feira - Day Santos / JC Imagem

Com informações da repórter Bárbara Lessa, da TV Jornal

Em Olinda, no Grande Recife, as visitas aos dois cemitérios municipais têm regras mais rígidas que na capital pernambucana nesta terça-feira (02), Dia de Finados. Além do uso obrigatório de máscaras e higienização das mãos por causa da pandemia de covid-19, como acontece no Recife, o público em Olinda é limitado a cem pessoas por vez nos Cemitérios de Nossa Senhora da Conceição, no bairro de Guadalupe, e no de Águas Compridas. E o tempo de permanência no local é de até uma hora.

A gestão municipal também proibiu a celebração de missas. Mas houve a apresentação de um coral no cemitério de Guadalupe durante a manhã. A expectativa da prefeitura é de que cerca de quatro mil pessoas passem por essas necrópoles até o fim do dia. 

A dona de casa Maria do Carmo Soares foi visitar o túmulo da sua mãe, falecida em maio do ano passado devido a problemas no coração. "É muito difícil para mim pois além de ser recente a gente era muito apegada. A saudade é grande. Ela era minha companheira, nunca me abandonou", comentou Maria do Carmo.

A autônoma Daiane Carvalho também foi em Guadalupe prestar homenagem à sua mãe, morta em janeiro. "É horrível a sensação de não estar com ela. Minha mãe estava sempre sorrindo, sempre ao meu lado", afirmou Daiane.

Movimentação no Recife

No Recife os visitantes devem usar máscaras e higienizar as mãos ao entrar em um dos cinco cemitérios públicos do município (Casa Amarela, Parque das Flores, Santo Amaro, Tejipió e Várzea). A prefeitura estima que cerca de 20 mil pessoas circulem por esses locais neste feriado de Finados. O horário de atendimento, que normalmente é das 7h às 17h, nesta terça-feira ficará estendido até 18h.

Às 10h, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, celebrou uma missa no Cemitério de Santo Amaro.

"Finados não é um dia de tristeza, mas um dia de saudade. É quando recordamos os nossos entes queridos que partiram para casa do Pai, que já fizeram a sua páscoa definitiva. Somos convidados enquanto comunidade e família a visitar os túmulos desses irmãos para levar nossa homenagem, nossa oração, nossa prece", destacou dom Fernando.

"É fundamental que tenhamos oportunidade de participar da celebração eucarística, quer seja nos cemitérios ou nas comunidades paroquiais. Somos todos convidados a juntos rezarmos por esses irmãos para que nós também entendamos que um dia teremos essa experiência", comentou o arcebispo em um vídeo em que fala do Dia de Finados.

Movimentação no Cemitério de Santo Amaro no Dia de Finados - Bruno Campos / JC Imagem
Movimentação no Cemitério de Santo Amaro no Dia de Finados - Bruno Campos / JC Imagem
Muitas pessoas chegam ao local com flores para homenagear parentes e amigos mortos - Bruno Campos / JC Imagem
Muitas pessoas chegam ao local com flores para homenagear parentes e amigos mortos - Bruno Campos / JC Imagem
Muitas pessoas chegam ao local com flores para homenagear parentes e amigos mortos - Bruno Campos / JC Imagem
Movimentação no Cemitério de Santo Amaro no Dia de Finados - Bruno Campos / JC Imagem
Devido à pandemia de covid-19, mesmo com redução no número de casos e óbitos no Estado, os visitantes precisam usar máscara, respeitar o distanciamento social e higienizar as mãos na entrada da necrópole - Bruno Campos / JC Imagem
Muitas pessoas chegam ao local com flores para homenagear parentes e amigos mortos - Bruno Campos / JC Imagem

O porteiro Marcelo Henrique aproveitou a folga no trabalho para organizar o túmulo de seu pai, falecido há um ano e sete meses. "Vim ajeitar a cova dele, pintar a placa. As pessoas cobram caro, preferi eu mesmo fazer isso. É também uma forma de matar a saudade dele. Minha mãe pediu pra vir. Só não esperava encontrar tanta gente", comentou Marcelo.

A dona de casa Terezinha levou flores brancas e amarelas para o túmulo do marido, morto no início do ano passado. "Não pude vir ano passado por causa da covid-19. Ele morreu no começo da pandemia, mas foi de coração", afirmou Terezinha.

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