Julgamento

Homem que provocou colisão e deixou três mortos na Tamarineira se desespera em julgamento: ''me mate, me mate''

João Victor Ribeiro se jogou no chão e pediu desculpas a Miguel da Motta Silveira, que perdeu a esposa e o filho na colisão. A babá que estava no carro também morreu.

Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 15/03/2022 às 11:42 | Atualizado em 15/03/2022 às 18:13
Julgamento no Recife do responsável pela colisão que matou três pessoas na Tamarineira em 2017 - BERG ALVES/JC IMAGEM

João Victor Ribeiro de Oliveira, 29 anos, está sendo julgado nesta terça-feira (15), por ter causado a colisão que vitimou três pessoas, no dia 26 de novembro de 2017, no cruzamento entre a Avenida Rosa e Silva e a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife.

Durante o depoimento emocionado do advogado Miguel da Motta Silveira, que perdeu a esposa e o filho na colisão, o acusado entrou em desespero. João Victor se jogou no chão, pediu para ser morto e pediu desculpas. A sessão foi interrompida e o homem retirado por policiais.

Lições do julgamento da "Tragédia da Tamarineira", colisão provocada por um motorista bêbado que deixou três mortos no Recife

"Eu não queria fazer isso, me perdoe, me mate, me mate, eu não queria machucar a sua família, me perdoe por favor", gritou o homem.

Acompanhe o julgamento ao vivo

Os sobreviventes da tragédia foram o advogado Miguel Motta Silveira, 50 anos, e a filha dele, Marcela Guimarães da Motta Silveira, de 9 anos. Morreram, na colisão, a mãe da garota, Maria Emília Guimarães (39), o irmão da pequena, Miguel Neto, que tinha apenas 3 anos de idade, e a babá da família, Roseane Maria de Brito, 23 anos, grávida de três meses, na época.

Antes da sessão ser interrompida, Miguel Motta, chorando, contava como recebeu a trágica notícia da morte da esposa e do filho. "Eu só pedia para respirar e depois acordei, na terça à tarde, ainda muito dopado, perguntei a minha mãe, ela disse que Maria Emília tinha falecido, ido para o lado de papai do céu, perguntei por Miguel, ela disse que a mãe dele o levou, perguntei por Marcela e soube que ela estava se recuperando no hospital", disse o advogado.

Após alguns minutos, Miguel voltou à sua fala, ainda muito abalado e chorando, tendo de rememorar os momentos que antecederam a colisão.

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