A Operação Porto Seguro deve continuar atuando na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, no tempo que for necessário. É o que confirmou o secretário de defesa social, Humberto Freire, em coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira (1º). Em meio a uma onda de protestos e bloqueios em estradas do município de Ipojuca, o Governo do Estado enviou um efetivo de 250 policiais na noite desta quinta-feira (31) para o local.
Na última noite, o governador Paulo Câmara chegou a publicar que monitorou os protestos em Porto de Galinhas durante todo o dia, ao lado do secretário estadual de Defesa Social, Humberto Freire, e do comandante da PMPE, coronel Roberto Santana.
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De acordo com o secretário, as atividades dos policiais civis e militares serão para manter resguardadas as seguranças de moradores e turistas de Porto de Galinhas. Como boa parte do comércio e atividades turísticas ficou fechada na manhã desta sexta, o policiamento deve ser usado para manter a abertura deles.
De acordo com o secretário, o retorno dos reforços tem sido positivo para a região. "Nós já temos várias pessoas, inclusive mandando mensagens agradecendo pelo reforço que enviamos ontem a noite, que estamos assegurando que além do comércio, além das estradas, além do transporte público, do ir e vir de cada pessoa, estamos garantindo o emprego maciço das forças de segurança. E continuaremos atuando lá por tempo indeterminado. Além disso, investigando também o fato que aconteceu na quarta-feira", disse Humberto Freire.
"E estamos investigando a atuação, volto a dizer, desses criminosos que estão tentando impor terror, mas não conseguirão. Nós vamos fazer com que a paz e a tranquilidade possam ser restabelecidas para a população de bem da região", pontua.
Atuação das polícias
Em Porto de Galinhas, policiais atuaram, inicialmente, na limpeza das vias que foram obstruídas durante as manifestações desta quinta. "Primeiramente, a gente está funcionado como um apoio ao pessoal da Prefeitura (de Ipojuca), que está retirando os entulhos. A gente está fazendo essa remoção, junto a prefeitura, proporcionado a segurança. Estamos ocupando toda a área de comércio de Porto de Galinhas, estabilizando a segurança e proporcionando uma sensação de estabilidade e segurança para os turistas e moradores", conta o subcomandante da Rádio Patrulha, o major Arthur Cezar Belo.
"Desde o início da semana, estamos fazendo atuações periódicas e com essa manifestação, surgiu a partir de ontem, o aporte de policiamento foi incrementado. Justamente no intuito de causar tranquilidade e estabilidade para o cidadão aqui de Porto de Galinhas. A polícia militar está presente forma ininterrupta, sem previsão de saída, vamos ficar aqui até todos terem a sensação de segurança e normalidade", pontuou o major Arthur.
Embora tenha tido um reforço no policiamento local, boa parte de comerciantes e moradores não se sentiram à vontade em abrir o comércio na sexta-feira (1º). Alguns por luto, outros por boatos que circularam nas redes sociais afirmando que há represália para quem abrisse os estabelecimentos. "Vocês puderam perceber que não existe nenhum tipo de bloqueio. Todos os principais pontos da área foram tomados e devidamente policiados. O comércio do Centro de Nossa Senhora do Ó foi restabelecido e já existe um fluxo de turistas e a situação hoje foi de normalidade", afirmou o major Davidson Michel, que é subcomandante do 18° batalhão.
COMÉRCIO
Depois dos protestos nesta quinta-feira (31), o comércio amanheceu fechado na manhã desta sexta (1º) em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife. Apesar do reforço no policiamento, a maioria dos comerciantes não abriu as portas dos estabelecimentos. O Governo de Pernambuco enviou 250 homens ao local na noite desta quinta, mas poucas lojas funcionaram.