Com informações do repórter Michael Carvalho, da TV Jornal
Acusado de matar a namorada Carolline Marry de Oliveira, em 2016, Jonata Zoberto Verçosa de Lima foi condenado, nesta quarta-feira (6), a cumprir pena de 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, não dar chance de defesa à vítima e feminicídio).
Após a fase de debates ao longo do dia entre acusação e defesa, a juíza Flávia Fabiane Nascimento Figueira, que presidiu a audiência do júri popular, leu a sentença condenatória. O julgamento aconteceu na Vara do Tribunal do Júri do Fórum de Olinda.
A promotora de justiça, Carolina Jucá, deixou a audiência em contento com o resultado da sentença. "O Ministério Público está satisfeito com a condenação e satisfeito com a pena aplicada. Significa que a sociedade olindense, representando a sociedade de Pernambuco, entendeu, acatou as teses do Ministério Público e condenou o réu em homicídio triplamente qualificado. Foi feita justiça e tudo foi de acordo com as provas dos altos", declarou a promotora.
Já o advogado do réu, Marcellus Ugiette, contestou a decisão judicial. "Um absurdo jurídico essa decisão. Ele foi condenado porque a vítima era uma mulher e não porque tinham as provas dos altos que ele tinha sido o autor do crime. Ele foi condenado pelo apelo do feminicídio. Inclusive isso o Ministério Público fez questão de ressaltar a questão de a vítima ser mulher", apontou o advogado de Jonata Zoberto Verçosa.
A mãe de Carolline Marry de Oliveira está aliviada com a decisão da justiça. "Sim, era o que a gente esperava. Sempre tive certeza que tinha sido ele, desde o início. Ele era manipulador, possessivo. Só Deus para dar força, porque fácil não é não. Isso (condenação) não vai trazer ela de volta, mas a situação de que a justiça foi feita já dá um alívio de seguir", desabafou Rosy Marry.
O caso
O assassinato da vendedora aconteceu na madrugada do dia 23 de outubro de 2016, dentro do carro do acusado, durante a saída de um show no Complexo de Salgadinho, em Olinda. Na época, ele chegou a afirmar à polícia que a vítima foi morta durante um assalto.
A versão apresentada pelo acusado - e posteriormente desmentida pela polícia e perícias - foi a de que o casal estava no carro saindo de um estacionamento quando um homem armado anunciou o assalto, pedindo os celulares das vítimas.