No Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), choveu 191% do que era previsto para junho, entre os dias 1º e 29. A Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) registrou um acúmulo de precipitação de 598.6 milímetros na cidade, que normalmente chove 314 mm no mês.
Depois, em relação aos municípios do Grande Recife que tiveram chuva mais expressiva de acordo com o que é esperado para o período, vem Ipojuca, com 175% da média histórica para o mês. Normalmente, é esperado acúmulo de 345.5 mm para o município litorâneo, mas em 2022 choveu 606 mm.
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Mas Terra Nova, na microrregião de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, choveu 812% do que era previsto para o mês - o mais alto índice em todo o Estado. Foram 88,5 mm de precipitação no território, que normalmente chove 10,9 mm em todo o mês.
Logo atrás, está Carnaubeira da Penha, também em solo sertanejo, onde choveu 808% da média história de junho, de 12 mm. No mesmo recorte de tempo, foram 97 mm acumulados.
Desde abril, Apac já havia alertado que choveria mais que o normal em maio, junho, julho e agosto em Pernambuco, quando as médias histórias de precipitação são de 291 mm, 337,6 mm, 314 mm e 176,9 mm, respectivamente.
O acúmulo - junto à falta de infraestrutura da região - fez com que o Grande Recife sofresse uma grande tragédia entre o final de maio e começo de junho, registrando 128 mortes causadas, em sua maioria, por deslizamentos de barreira.
Jaboatão dos Guararapes foi a cidade com maior número de mortes, 64, ao todo. Logo atrás, esteve Recife, com 50 vítimas. Depois vem Camaragibe, que registrou 7 mortes, Olinda, com 6, e Paulista, com uma. Ainda, duas mortes aconteceram no interior, em Limoeiro e Bom Conselho, uma em cada.