O pré-candidato a prefeito do Recife Charbel Maroun (Novo) criticou o distanciamento entre a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSB). Secretário-geral do PSB, Geraldo Julio sempre foi crítico a Bolsonaro desde a campanha presidencial. No mês de março, inclusive, o socialista responsabilizou o presidente pelos impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) para a população.
"Infelizmente o governo Bolsonaro não consegue fazer muito pelo Recife, pois a Prefeitura acaba inibindo algumas ações. Por exemplo: o Governo Federal ofereceu escolas cívicos-militares, mas Geraldo Júlio e Paulo Câmara recusaram", afirmou Charbel. Jaboatão dos Guararapes, governada pelo prefeito Anderson Ferreira (PL), apoiador de Bolsonaro, é a única cidade de Pernambuco participante do projeto-piloto.
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Segundo defende Charbel, a falta de diálogo dos entes federativos acaba por prejudicar o município. "Qualquer prefeito que não tiver um bom diálogo com a Presidência da República não vai conseguir trazer melhorias, e esses recursos serão alocados em outras cidades com bom relacionamento", disse o pré-candidato.
Para o pré-candidato, o governo federal não pôde fazer nada além do repasse de recursos para o combate à covid-19 ao município pelo fato da gestão municipal ser contra ele "por questões ideológicas, políticas, e nada pensando em nossa cidade".
"O Governo Federal repassou o dinheiro para a atual gestão, mas não conseguiu fazer mais do que isso, pois simplesmente viraram as costas. No direcionamento dos recursos para combater a pandemia, vieram muitos. Tanto que até sobrou para os desvios. A Polícia Federal só investiga quando o assunto é dinheiro da União", completou Charbel, em referência à atuação da PF para apurar supostas irregularidades em compras relativas ao combate à pandemia na capital pernambucana.
Pré-candidato
Um dos fundadores do Partido Novo de Pernambuco, Charbel Maroun é procurador do Recife e foi escolhido para disputar a Prefeitura do Recife por meio de um processo seletivo, prática adotada pelo Partido Novo.
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Desde fevereiro deste ano, o Novo anunciou que não faria nenhuma aliança com a oposição, que já tem os pré-candidatos Patrícia Domingos (Podemos), Marco Aurélio (PRTB), e Alberto Feitosa (PSC), além dos nomes cotados de Mendonça Filho (DEM) e Daniel Coelho (Cidadania).
Também na oposição, porém no campo da esquerda, estão postas as pré-candidaturas de Marília Arraes (PT), Túlio Gadêlha (PDT) e Isabella de Roldão (PDT).
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