Eleição 2020: Após sair do PSDB, Joaquim Francisco vê Mendonça Filho como melhor nome para Prefeitura do Recife

Joaquim afirmou que vai continuar na vida pública, mas que não vai se filiar a nenhum partido
Gabriela Carvalho
Publicado em 13/08/2020 às 10:18
Joaquim Francisco Foto: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM


O ex-governador Joaquim Francisco, após 4 anos no PSDB, anunciou seu desligamento do partido. Segundo Joaquim, em entrevista ao Passando a Limpo da Rádio Jornal, a decisão foi tomada não por desgaste partidário, mas para que ele pudesse emitir suas opiniões com mais liberdade. Francisco chegou a ser cotado para a pré-candidatura à Prefeitura do Recife nas eleições de 2020, sendo considerado um possível candidato da ala bolsonarista. Com o descarte da possibilidade de ser candidato, Joaquim percebeu que não precisaria ter vínculo partidário se não havia mais pretensão de participar de eleições. 

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"Eu entendi que não sou candidato a prefeito, não sou candidato a vereador e vi que eu ficaria muito mais livre para expor minhas opiniões. Não acho que é fundamental ter vida partidária para participar da vida pública, pelo menos não a essa altura da minha vida. Por isso que tomei a decisão de me sentir livre de vínculos partidários", explicou.

Agora, longe da corrida eleitoral municipal, Joaquim afirmou já ter o seu candidato para a prefeitura. Para ele, o ex-ministro Mendonça Filho (DEM) é o candidato mais experiente para comandar a Prefeitura do Recife. "Eu acho que dos candidatos que estão aí, é o que mais tem experiência. Já foi ministro, deputado federal, estadual, governador, vice-governador".

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Com uma nova geração de candidatos concorrendo nas eleições municipais, alguns com pouca experiência, Joaquim defendeu que, para a Prefeitura do Recife, é necessário um candidato experiente. 

"A prefeitura do Recife exige, na minha opinião, experiência. Eu vou lutar para que permaneça essa boa tradição (de candidatos experientes). Eu sou conservador. Conservador no sentido de preservar valores, crenças e procedimentos", explicou.

Joaquim também defendeu mudanças no modelo das eleições, com mandatos passando de 4 anos para 5 anos, sem possibilidade de reeleição. "Eu entendo que um grupo no poder há 20 anos, há um desgaste e deveria ter alternância. A reeleição causa a permanência de um permanente tipo eleitoral. Um mandato de 5 anos sem direito de reeleição seria ideal", concluiu.

Apoio de Bolsonaro

Apoiador de Jair Bolsonaro, Joaquim sugeriu que o presidente não se envolva nas candidaturas municipais de 2020. "Não sei se o presidente vai se envolver nas eleições municipais. Segundo me consta, o presidente não declarou nenhum apoio a Mendonça Filho, que eu disse que apoiava. Eu acho que ele não deve se envolver nas eleições. Já basta a pancadaria que ele leva sem se envolver", comentou.

Bolsonaro já havia dito no último sábado (8), em sua conta oficial no Facebook, que não pretende se envolver na disputa em primeiro turno das eleições municipais.

Nos comentários, alguns apoiadores do presidente da República concordaram com seu posicionamento, afirmando que muitos candidatos se aproveitam do nome de Bolsonaro para se elegerem, mas depois de eleitos traem o presidente.

 

 

 


 

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