Política de prevenção a violência, cursos profissionalizantes na área de tecnologia e integração das áreas centrais do Recife. Estas foram alguma das propostas apresentadas pelo candidato a prefeito do Recife, o deputado federal João Campos (PSB), durante a sabatina promovida pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na noite desta sexta-feira (16).
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Um dos primeiros questionamentos feito ao socialista, foi com relação ao aumento da violência durante o período da pandemia, e se ele seria favorável ao armamento da guarda municipal, debate que tem sido feito principalmente pelos candidatos de oposição. Contrário ao armamento da guarda, João Campos afirmou que caberia à Prefeitura do Recife o papel de atuar na prevenção, e que não há estudos que comprovem a eficácia do armamento da guarda municipal em cidades de grande porte, na redução da violência.
“Poder de polícia ele pertence ao ente federado estado, com a Polícia civil e Militar. E o município tem o papel de fazer o ordenamento. Se a gente levar a semente de esperança e de oportunidade, a gente certamente dá oportunidade a aquele espaço ser mais seguro”, declarou. Ele ressaltou que a atual gestão do prefeito Geraldo Julio deverá concluir até o fim deste ano, a expansão de 80% da rede de iluminação LED no Recife. Além disso, o socialista também pretende ampliar as unidades do Centros Comunitários da Paz (Compaz).
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No que tange a empregabilidade e capacitação profissional, o candidato a prefeito pela Frente Popular menciona o projeto Embarque Digital, que ofertar 500 bolsas de estudos em cursos tecnólogos que dialoguem diretamente com a demanda do Porto Digital - que possui 1.500 vagas em aberto. “Queremos discutir com o ecossistema do Porto Digital e as instituições de ensino superior da nossa cidade, seja ela privada, pública ou do terceiro setor, para a gente poder construir um currículo que dialogue com as necessidades e possa formar a nossa juventude. Vamos bancar 100% das bolsas para os alunos de escolas públicas”, explicou.
Durante quase 1h30 de sabatina, que contou com a participação dos economistas, professor Valdeci Monteiro e professora Ana Cláudia Arruda, sob mediação do jornalista Daniel França, o prefeiturável também respondeu as questões relativas a habitação, saneamento, educação e turismo.
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Com um déficit habitacional de mais de 70 mil moradias no Recife, João Campos afirmou que o principal desafio é fazer um adensamento com qualidade e sem segregação. Ele pontua que não se trata apenas de resolver o problema das palafitas, mas das habitações de riscos em áreas de morro e casas sem habitabilidade. “Precisamos construir programas objetivos que possam fazer a expansão, porque o déficit habitacional de casa só tem um caminho de enfrentar ele, construindo moradia, evitar segregação e fazer o adensamento de qualidade”, declarou Campos, citando inclusive o estímulo à habitação de interesse social de forma verticalizada.
Partindo da habitação para outras áreas do Recife, o candidato também pretender integrar a área central da cidade através do projeto da Ilha de Antônio Vaz (que compreende os bairros de São José, Santo Antônio, Joana Bezerra e Cabanga) como uma forma de estimular o comércio, a habitação e ações de desenvolvimento especifico para essa região.
O prefeiturável também falou sobre a proposta que pretender colocar em prática, em parcerias com a própria academia. “Vamos instalar o Escritório de Projetos para criar parcerias entre a Prefeitura e as universidades no sentido de criar soluções para a cidade em diversas áreas, indo da elaboração do projeto de pavimentação e drenagem de uma rua, até ações para serem aplicadas na educação, por exemplo. Acredito que isso será um ganho para a cidade, já que muita coisa boa sai dos centros acadêmicos”, acrescentou.