Os dois primeiros blocos do debate da Rádio Jornal com os candidatos a prefeito do Recife João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que ocorre na manhã desta quinta-feira (19), foi marcado por trocas de farpas entre os dois postulantes e pela defesa dos legados dos governos petistas e socialistas na capital pernambucana. Nesta fase do embate, os candidatos se apresentaram aos ouvintes e fizeram perguntas com temas livres entre si.
Ao responder à pergunta da oponente sobre a saúde na cidade, João afirmou que essa será a prioridade do seu governo. "A proteção da saúde vai ser uma das prioridades do nosso governo. Nós vamos ampliar a rede de atenção básica focando principalmente nos territórios que ainda têm uma deficiência ou de infraestrutura ou de equipe. Vale lembrar que há oito anos existiam mais de 63 equipes sem a presença de médicos e foi colocada essa presença de médico e a ampliação da equipe e a ampliação da infraestrutura. Então, qual é o nosso compromisso? Ampliar a infraestrutura nos territórios que ainda não têm a infraestrutura adequada, mas ir além, fazendo uma ampliação da equipe e fazer um acolhimento no atendimento, o atendimento humanizado", afirmou João, prometendo criar o Hospital da Criança e uma UPA em Casa Amarela.
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Em sua réplica, Marília deu a primeira alfinetada no socialista, afirmando que "o Recife já viu esse filme" e lembrando que o atual prefeito da cidade, Geraldo Julio (PSB), já havia feito promessas semelhantes no passado. "Há oito anos Geraldo chegava prometendo fazer Upinha, hospital, e fez algumas coisas com o dinheiro que o governo do nosso partido deu na época. Mas o Recife não acredita mais nessa promessa. O Hospital da Criança sequer está no seu programa de governo. Existe a Casa da Criança de Afogados, que está sucateada. A gente vai colocar para funcionar o que já existe no Recife", disparou a petista.
Mais adiante, quando questionada se seria a favor do fim do Prouni Recife, por ter assinado uma carta-comprimisso que defendia esse movimento, Marília afirmou que fortaleceria o programa na cidade. "O Prouni Recife precisa ser direcionado para jovens que entram no mercado de trabalho e não simplesmente para comprar bolsas para divulgar números, pois pessoas não são números, são nomes e histórias. E o que vamos direcionar é esse recurso que já está sendo utilizado para que seja destinado a cursos com empregabilidade, como por exemplo, na área de tecnologia. Como é que isso não está sendo feito, é isso que tem que se fazer, destinar para cursos que o jovem saia direto dele para o mercado de trabalho", declarou.
Ao comentar o que a candidata disse, João disse que Marília "assinou a carta sem ler" e mais uma vez defendeu o programa, criado na gestão Geraldo Julio. "São mais de 1500 jovens formados no Prouni Recife. Conheço Alef, que é engenheiro civil, com uma história de vida super bonita. E Alef não é um número, é uma pessoa, é um jovem recifense que tem um sonho, que tem um futuro brilhante pela frente . Nós temos o compromisso de fortalecer o Prouni Recife e ir além, nós lançamos o Embarque Digital, serão 500 vagas por ano para área de tecnologia e empregabilidade do nosso polo de tecnologia, dentro do Porto Digital", argumentou o socialista.