Relações internacionais

Bolsonaro: 'nunca houve estremecimentos nas relações do Brasil com China e Índia'

Sob pressão pelo atraso dos imunizantes vindos da Índia e dos insumos chineses, o governo tem buscado se defender do desgaste envolvendo a imagem de sua área diplomática

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Estadão Conteúdo

Publicado em 22/01/2021 às 14:26 | Atualizado em 22/01/2021 às 14:26
Live da Semana - Presidente JAIR BOLSONARO - 21/01/2021 - Reprodução Facebook/Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 22, que "nunca houve estremecimentos" nas relações do Brasil com a Índia e China. O mandatário disse que tem mantido conversas com autoridades dos dois países, mas não entrou em detalhes sobre os assuntos tratados. Nessa quinta-feira (21), em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro já havia negado que o governo tenha problemas com a China. Em suas redes sociais, Bolsonaro também já cumprimentou membros do governo indiano envolvidos nas negociações das vacinas.
O Brasil depende da China para a importação de matéria-prima para a produção de imunizantes, que seguem em negociação. Já as tratativas com a Índia envolviam a entrega de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, que foram autorizadas ontem pelo governo indiano e devem chegar ao Brasil no fim da tarde desta sexta-feira. A previsão anterior era de que os imunizantes chegassem no último domingo, 17.
"Nunca houve qualquer estremecimento nas relações entre Brasil e China e entre Brasil e Índia", disse Bolsonaro em fala à imprensa na saída do Palácio da Alvorada. Ele destacou que o País não fechou as portas para demais países, mas busca preservar sua soberania.
"A China precisa de nós e nós precisamos da China. E o mundo é assim. Jamais fechamos as portas seja qual país for. Estamos sempre prontos a atender os interesses nacionais e obviamente, preservar aquilo que temos de mais sagrado aqui que é nossa soberania", declarou.
Sob pressão pelo atraso dos imunizantes vindos da Índia e dos insumos chineses, o governo tem buscado se defender do desgaste envolvendo a imagem de sua área diplomática. "Obviamente, converso com autoridades, estive com o embaixador da Índia na semana passada. Também nosso ministro conversa com o embaixador da China entre outras autoridades, mas são conversas reservadas, lamento não poder divulgar a vocês", disse o presidente.
"Eu não falo com um chefe de Estado de qualquer país do mundo e vou tagarelar junto à imprensa. Isso não existe", acrescentou. Nesta quinta-feira, Bolsonaro fez questão de elogiar o ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, nas redes sociais. O chanceler também esteve ao lado do chefe do Executivo durante sua "live" semanal.
Como o Estadão revelou, Araújo foi excluído das conversas com o embaixador da China, Yang Wanming. Na quarta-feira, 20, as tratativas com o representante chinês foram lideradas pelos ministros da Saúde, Eduardo Pazuello; da Agricultura, Tereza Cristina, e das Comunicações, Fábio Faria.
 

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