Depois de ter visitado na semana passada os municípios de Garanhuns, Caetés, Bom Conselho e Paranatama, no agreste de Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (PT) voltou a percorrer o estado, desta vez cumprindo agendas na região do Sertão.
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Na última quinta-feira (20), Marília se encontrou com a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT) e o ex-prefeito do município e pré-candidato a deputado estadual Luciano Duque (PT). Ela também participou de um encontro com lideranças, como os vereadores de Serra Talhada Manoel Enfermeiro (PT), Antônio da Melancia (Patri) e Rosimério de Cuca (PT), o secretário municipal de Meio Ambiente, Sinézio Rodrigues, e a presidente do diretório municipal do PT, Cleonice Maria.
Luciano Duque foi um dos maiores entusiastas da pré-candidatura de Marília ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2018. Foi lá que ela se lançou no pleito.
A candidatura da petista acabou rifada em prol da retomada da aliança entre PT e PSB no estado, que resultou no lançamento da candidatura de Humberto Costa a senador na chapa encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB). Ambos foram reeleitos.
Marília, então, se candidatou a deputada federa e foi a segunda mais votada em Pernambuco naquele pleito, com 193.108 votos. Serra Talhada foi o quarto município onde ela teve a maior votação: 11.303 votos. Segundo a sua assessoria de imprensa, ela já indicou quase R$ 15 milhões em emendas para o município.
"Sempre que venho a Serra, é um reconhecimento. Serra Talhada faz parte da minha vida. Essa cidade faz parte do processo de consolidação da nossa caminhada política e é, sem dúvida, uma das maiores potências de nosso Estado", disse a deputada em entrevista à uma rádio local.
Nesta sexta-feira (21), foi a vez de visitar Floresta, onde se reuniu com lideranças de Itacuruba, acompanhada de Luciano Duque, e também Belém do São Francisco. A deputada segue com as agendas no sertão até o próximo domingo.
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PT
Marília teve algumas divergências com a direção do PT com relação aos seus posicionamentos na Câmara dos Deputados. Um dos episódios foi na eleição da Mesa Diretora da Casa Baixa. Ela lançou sua candidatura à 2ª Secretaria, ainda que o seu partido tenha apoiado formalmente outro candidato, o deputado João Daniel (PT-SE), e acabou se elegendo ao cargo.
A petista foi alvo de críticas da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman. "A atitude da deputada rompe procedimento estatutário do PT e isso terá de ser analisado nas instâncias partidárias”, disse Gleise, na época. Marília se defendeu classificando o pleito como uma "disputa legítima" e tentar transformar o seu movimento em algo impróprio não era uma "atitude saudável ou democrática".
No último dia 20 de abril, o Diretório do PT de Pernambuco divulgou uma nota reafirmando que a estratégia do partido no estado será tomada em consonância com o Diretório Nacional.
O partido avalia a possibilidade de formar alianças, sobretudo com a Frente Popular, grupo capitaneado pelo PSB, que deixou de integrar em 2020 quando Marília Arraes foi candidata à prefeita do Recife. Ela disputou o segundo turno contra João Campos (PSB), que foi eleito.
Outras possibilidades são indicação de nomes para eventuais composições majoritárias ou a apresentação de candidatura ao governo do Estado.