Novo instituto de pesquisa que atua no Brasil, o Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) nasceu após o fim do Ibope Inteligência, em janeiro de 2021. A estatística Márcia Cavallari, ex-CEO da Ibope, fundou a nova empresa juntamente com outros ex-executivos de lá.
A marca Ibope já havia sido vendida para a empresa inglesa Kantar em 2014, quando ela foi desmembrada em duas empresas, a Kantar Ibope Média, controlada pela Kantar, que faz as medições de audiência da televisão e pesquisa de mídia, e a Ibope Inteligência, brasileira, que realizava pesquisas.
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Em meio aos 79 anos de atividade do antigo instituto, o nome Ibope tornou-se sinônimo de fama e popularidade no vocabulário dos brasileiros. O nome foi mantido por meio de um acordo com a Kantar de licenciamento da marca. O final desse acordo estava previsto para janeiro deste ano, quando a Kantar passou a possuir o direito integral de uso.
"Comunicamos que, em decorrência da finalização do processo de venda e do término do acordo de licenciamento da marca Ibope com a Kantar, a marca Ibope/Ibope Inteligência não será mais usada nas operações de pesquisas de mercado, opinião pública e política da família Montenegro", disse nota da empresa.
Segundo nota da Ibope Inteligência publicada em 27 de janeiro, apesar do Ipec ser um novo instituo, mantém "a mesma capacidade operacional, técnica, metodológica e de atendimento aos clientes, e mais importante ainda, o know-how, expertise e o profundo conhecimento das soluções de pesquisa acumulado por esses profissionais".
"Márcia Cavallari estará no comando do negócio, como CEO e principal líder deste processo de transformação, que buscará a inovação na criatividade e na tecnologia, mas com o rigor e o compromisso com que realizamos os estudos e interagimos com os clientes, baseados na confiança e na credibilidade que nos trouxe até aqui, e nos levará adiante!", diz trecho da nota.
Pesquisas
O Ipec está atuando no mesmo ramo da Ibope Inteligência: pesquisa de mercado, opinião pública e política. Sua primeira pesquisa na área política foi divulgada em março de 2021 sobre a eleição presencial de 2022, em que mediu o potencial de voto, desconhecimento e rejeição de 10 possíveis candidatos ao Palácio do Planalto.
Na época, a publicação mostrou que o Lula venceria o presidente ainda no primeiro turno. De acordo com o Ipec, 50% dos entrevistados afirmaram que poderiam votar em Lula e 44% não votariam de jeito nenhum. Atrás do petista, Bolsonaro tinha o voto de apenas 38% dos entrevistados e era rejeitado por 56% deles.
Uma nova pesquisa, divulgada na quinta-feira (24), segue apontando que o petista lidera a corrida presidencial e venceria Bolsonaro no primeiro turno. Lula possui 49% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro aparece com 23%. Em seguida vem o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 7%, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 5%, e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), com apenas 3%.