Internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo, desde a noite da quarta-feira (14), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), apresenta quadro saúde considerado estável e continuará internado inicialmente em tratamento clínico conservador, que envolve remédios e hidratação, sem cirurgia programada, segundo último boletim médico divulgado. Uma atualização do estado de saúde do mandatário deve ser divulgada ainda nesta quinta-feira (15).
Bolsonaro passará por bateria de exames nesta quinta, após ser internado em hospital de São Paulo
O presidente deu entrada no hospital paulistano transferido do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, onde se internou depois de mais de dez dias se queixando de soluços persistentes. Ao longo desta quinta, Bolsonaro passará por uma nova bateria de exames médicos, acompanhado pelo cirurgião Antonio Luiz de Macedo, responsável por sua operação em 2018 após a facada durante a campanha eleitoral.
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Obstrução intestinal
Ainda sem previsão de alta médica, Bolsonaro apresenta um quadro de obstrução intestinal, que ocorre quando as fezes do paciente não conseguem passar pelo intestino em decorrência de uma interferência em seu trajeto, como pela presença de bridas intestinais, tumores ou uma inflamação.
Nesses casos, o paciente pode ter sintomas como dificuldade para evacuar ou eliminar gases, inchaço na barriga, náuseas, vômitos, diminuição do apetite e dor abdominal. No caso de Bolsonaro, o presidente apresentou uma crise de soluços e dores abdominais, de acordo com o que foi informado oficialmente.
A obstrução pode provocar risco de graves complicações ao paciente, como perfuração intestinal, infecção generalizada e morte do tecido intestinal. Isso ocorre porque como o quadro clínico impede a passagem de alimentos digeridos pelo intestino, as fezes e os gazes e as secreções digestivas se acumulam e aumentam a pressão dentro do intestino. O tratamento da obstrução varia de acordo com a localização e gravidade dos sintomas causados pelo quadro de saúde.
Em entrevista à Jovem Pan, Antonio Luiz Macedo afirmou que o presidente será acompanhado de perto. "Toda situação de obstrução intestinal tem sua gravidade. Ele vai ser acompanhado de perto, sobretudo com exame clínico, que é o mais importante nessa situação [...] Muitas vezes com jejum, hidratação e medicação o quadro reverte sem a necessidade de cirurgia", explicou.
No Twitter, rede social frequentemente usada por Bolsonaro, ele publicou uma foto hospitalizado, pediu orações e tranquilizou os apoiadores. "Estaremos de volta em breve, se Deus quiser. O Brasil é nosso", escreveu na tarde da quarta.
O quadro de saúde suspende toda a agenda que Bolsonaro teria pelos próximos dias.