Após suspender a votação dos destaques da Medida Provisória 1045/12, que altera regras trabalhistas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 125/11, que trata da reforma eleitoral, para esta quarta-feira (11). Apesar de vários parlamentares irem as redes sociais demonstrar surpresa e indignação com a abertura repentina da pauta, Lira afirmou que a decisão foi definia na reunião de líderes da base. No projeto está previsto o modelo distrital e o fim do segundo turno nas disputas pela presidência, governo estadual e prefeitura.
Nessa segunda-feira (9), a comissão especial havia retirado do substitutivo apresentado pela relatora da PEC, a deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP), a escolha pelo sistema distrital misto. As informações são da Agência Câmara de Notícias. As eleições majoritárias valerão para os cargos de deputado federal, estadual e distrital. Vereadores não entram nas regras da PEC. De autoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a proposta originalmente apenas adiava para a semana seguinte eleições em domingos próximos a feriados.
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A escolha pelo sistema "distritão", são eleitos os mais votados, sem levar em consideração os votos dados aos partidos. O modelo tem recebido inúmeras críticas, por que poderia acentuar as desigualdades entre os candidatos durante o pleito. Outro ponto em questão é do voto preferencial, que seria válido a partir das eleições de 2024.
Segundo a deputada Renata Abreu, é dado ao eleitor a possibilidade de indicar até cinco candidatos em ordem de preferência. Na apuração, serão contadas as opções dos eleitores até que algum candidato reúna a maioria absoluta dos votos para chefe do Executivo. Na prática, a medida acaba com a possibilidade de segundo turno nas eleições.
Confira as reações de alguns parlamentares sobre inclusão da reforma eleitoral na pauta desta quarta-feira (11):