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PSDB anuncia ida para a oposição e convoca forças de centro a formar frente contra Bolsonaro

Em encontro nesta quarta-feira (8), os tucanos também acertaram que irão debater possíveis crimes de responsabilidade cometidos pelo militar da reserva

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 08/09/2021 às 19:03 | Atualizado em 08/09/2021 às 19:03
O Cidadania tem sido parceiro importante do PSDB, disse o presidente tucano, Bruno Araújo - ALEXANDRE GONDIM/ACERVO JC IMAGEM

Após o presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocar uma reunião extraordinária da Executiva para discutir o posicionamento que o partido adotaria diante das recentes declarações antidemocráticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a legenda decidiu, por unanimidade, posicionar-se como oposição ao chefe do Executivo federal. No encontro dos tucanos, que ocorreu nesta quarta-feira (8), também ficou acertado que o grupo irá debater possíveis crimes de responsabilidade cometidos pelo militar da reserva.

"O PSDB decidiu hoje, por unanimidade, em reunião da Executiva Nacional, que é oposição ao governo de Jair Bolsonaro. O partido repudia as atitudes antidemocráticas, truculentas e irresponsáveis adotadas pelo presidente da República em manifestações pelo Dia da Independência. O PSDB se alinha a todas as forças da sociedade brasileira que têm na democracia, na defesa das instituições e no respeito à liberdade o seu maior compromisso", diz nota divulgada pela sigla após a reunião.

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No texto, a agremiação afirma que contará com o apoio de sua Executiva e bancadas na Câmara e no Senado para iniciar o processo interno de discussão sobre crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro. Segundo o partido, "o primeiro passo foi o debate aberto ocorrido hoje e agora será aprofundado pelas bancadas do Congresso Nacional".

Os tucanos usaram o documento para também convocar outras forças e partidos de centro para formar uma ampla frente de oposição ao governo Bolsonaro, pois, segundo eles, "é da união dessas forças que virá a derrota definitiva do projeto autoritário de poder que o atual ocupante do Palácio do Planalto encarna e a volta do modelo político e econômico petista também responsável pela profunda crise que enfrentamos".

Em 2018, caciques do PSDB como o próprio Bruno Araújo, o governador de São Paulo, João Doria, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite - os dois últimos pré-candidatos à presidência -, votaram em Bolsonaro depois que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, não passou para o segundo turno. Agora na oposição, o partido diz: "basta de insensatez".

"Os brasileiros esperam de seu governante soluções para a pandemia, que beira 600 mil mortos; para o desemprego, que vitima 14 milhões de pessoas; para a inflação, que beira os dois dígitos; para a paralisia econômica; para a desigualdade; para a crise hídrica e para o descalabro fiscal. Um presidente que saiba enfrentar a desestruturação social e econômica ao invés de buscar enfrentar a própria lei. A democracia brasileira permitiu que milhares fossem às ruas no dia de ontem defender suas ideias. Mas também defendemos os milhões que ficaram em casa e querem um Brasil que possa superar a crise", fecha a nota do partido.

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