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Recife e pelo menos outras 15 capitais terão atos contra Bolsonaro no domingo, 12 de setembro

Protestos são organizados por grupos de centro-direita, como o Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e o Livres

Cadastrado por

Douglas Hacknen

Publicado em 10/09/2021 às 21:51 | Atualizado em 10/09/2021 às 21:51
O protesto de domingo está sendo organizado desde julho - ALAN SANTOS/PR

Aumentou o número de cidades que terão atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo, 12 de setembro.  Em live nesta sexta-feira (10), o Movimento Brasil Livre (MBL), que organiza os protestos com outros grupos de centro-direita, como o Vem Pra Rua e o Livres, anunciou a confirmação de 16 capitais. No Recife, o ato terá concentração às 13h, no Marco Zero.

Até o momento, as capitais com manifestações confirmadas são: Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, Florianópolis, Recife, São Luís, Goiânia, Porto Alegre, Teresina, João Pessoa, Curitiba, Vitória, Palmas e Manaus. O MBL está fazendo uma campanha de arrecadação de recursos para viabilizar a realização em alguns locais. 

O movimento reforçou que, apesar de ser contra o governo Bolsonaro, não vai apoiar o ex-presidente Lula. 

Quem vai participar dos atos contra Bolsonaro no Recife?

Na capital pernambucana, a manifestação será realizada a partir das 13h, no Marco Zero, Bairro do Recife. O ato vem sendo organizado pelos movimentos Livres, UJL, MBL, Lola, Juventude Cidadania e Cidadania Diversidade. A reportagem tentou confirmar a presença de políticos no ato como André de Paula, Augusto Coutinho, Danilo Cabral, Daniel Coelho, Tadeu Alencar, Carlos Veras, Fernando Monteiro, mas não obteve retorno. A assessoria da deputada Marília Arraes (PT) informou que ela não deve comparecer e o deputado federal Felipe Carreras (PSB) explicou que ir às ruas em meio à proibição de aglomerações na pandemia de covid-19 seria desrespeito ao povo.

O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, que é secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, confirmou que o partido está convocando para o ato deste final de semana. Ele próprio afirmou que irá à manifestação. "Estamos mobilizando nossos segmentos e militância", afirmou ao JC.

Em nota enviada ao Blog de Jamildo na semana passada, um dos coordenadores do MBL, Izaque Costa, afirmou que o movimento está sendo organizado porque Bolsonaro "traiu a pátria, provocou a morte de inocentes por sua negligência, terminou de quebrar a economia, meteu inflação no bolso do pai de família de classe média e baixa, se vendeu para a banda mais podre do Centrão e agora tenta um golpe contra a nossa democracia". Na última quarta (8), Renan Santos, liderança nacional do MBL, convocou até mesmo não-simpatizantes do movimento e pessoas da esquerda a participar do ato.

O protesto pede o impeachment de Jair Bolsonaro. É visto como um contraponto às manifestações realizadas pelos apoiadores do presidente no Dia da Independência e ao discurso de Bolsonaro. Entre políticos de centro-direita que já confirmaram presença estão o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS).

Centrais sindicais como a Força, UGT, CSB e Nova Sindical devem participar. Porém, a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou um comunicado à imprensa para informar que não participará, pois os atos foram convocados por grupos de direita, como MBL e Vem Pra Rua, que contribuíram para o impeachment de Dilma. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) também decidiu não participar.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que passou a defender o impeachment de Jair Bolsonaro, disse que o protesto reunirá “grupos que defendem a democracia, a Constituição e a liberdade”. Ele falou que também defende esses ideais e está avaliando se participará do ato do 12 de setembro.

Os atos foram idealizados em julho como forma de os organizadores se diferenciarem dos protestos nacionais contra Bolsonaro convocados por grupos e partidos de esquerda. Após os atos bolsonaristas de 7 de Setembro, marcados pelo tom de ataque, ganhou força a ideia de reunir nos protestos de 12 de setembro um grupo mais amplo para mandar uma resposta ao presidente.

Embora os atos sejam chamados de “Fora Bolsonaro”, seus entusiastas usam o mote “Nem Lula, nem Bolsonaro” e defendem a chamada "terceira via" nas eleições de 2022. O MBL também desencoraja o uso de bandeiras políticas nos protestos, incentivando os manifestantes a usarem branco.

 

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