O ministro das Comunicações, Fábio Farias, utilizou as redes sociais para ironizar os atos realizados na manhã neste domingo (12), em seis capitais do país, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Manifestações impressionantes e inéditas: pela primeira vez, o palanque estava mais cheio do que a rua. Fato histórico", publicou o auxiliar, no Twitter.
As manifestações que pediam pelo impeachment de Bolsonaro, foram organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua (VPR) e Livres. Apesar dos representantes destes movimentos terem convocados pessoas tanto da direita, de centro e de esquerda, os atos não tiveram adesão de grandes setores esquerdistas. O PT, por exemplo, não aderiu as manifestações.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também fez algumas publicações sobre os protestos contra o seu pai, atribuindo imagens e vídeos que seriam das manifestações realizadas em São Paulo (SP), Salvador (BA), Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ), mostrando o esvaziamento dos atos. Ainda no Twitter, a hashtag "Fiasco" já contava com mais de 39,1 mil menções, até a publicação desta matéria.
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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, compartilhou a publicação do ministro das Comunicações e fez menção a um vídeo publicado pelo ministro do Turismo, Gilson Machado, em que se refere a concentração do evento. "Eu juro que ia ficar quieta rindo sozinha, mas daí lá vem o Ministro Fábio Faria provocar e não aguentei! Então lá vai: Chora esquerda! Se estão rindo do que Fábio postou é porque não viram as gargalhadas que o Ministro Gilson Machado está dando por aí, se ele liberar eu posto", publicou a ministra.
Recife
No Recife, o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aconteceu no Marco Zero, Centro da cidade, e teve baixa adesão de manifestantes. Militantes mais à esquerda, como os do Partido Democrático Trabalhista (PDT), marcaram presença. Apesar do Partido Socialista Brasileiro (PSB) ter chamado apoiadores para participar do protesto, poucos estiveram no ato. Alguns adeptos ao Partido dos Trabalhadores (PT) foram, apesar da presidente Gleisi Hoffmann ter negado o convite da organização.
Apoiador do ex-presidente Lula (PT), o professor Jarbas Luciano de Souza, 64, foi ao protesto por acreditar na necessidade da união para tirar Bolsonaro do poder. "Vim aqui hoje para tirar Bolsonaro, é o objetivo principal. É um homem que não tem capacidade nem de ser vereador, quanto mais presidente da república. O colocaram lá e deram um tiro no pé. Eu sou Lula, mas caso ele não se eleja, tem que ser qualquer outro menos Bolsonaro", defendeu.
O grupo se concentrou no Marco Zero e fez uma pequena caminhada pela Boulevard Rio Branco. Não foram permitidos trios elétricos ou carros de som no protesto.