Eleições 2022

Petistas de Pernambuco veem encontro de Lula e Alckmin como passo para frente ampla contra Bolsonaro

Ex-presidente Lula e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) se encontraram em São Paulo. Formação de chapa presidencial entre os dois vem sendo ventilada

Cadastrado por

Luisa Farias

Publicado em 20/12/2021 às 21:44 | Atualizado em 20/12/2021 às 22:12
EX-ADVERSÁRIOS Lula e Geraldo Alckmin se encontraram em um jantar no último domingo (19) - REPRODUÇÃO TWITTER

A aproximação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) tem a aprovação das lideranças do PT em Pernambuco, em um contexto de ampliação do arco de alianças da sigla no âmbito nacional com o objetivo de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas nas eleições de 2022. 

Neste domingo (19) a relação entre Lula e Alckmin ganhou contornos mais sólidos com o primeiro encontro público entre os dois depois que a possibilidade de formação de uma chapa presidencial começou a ser ventilada. 

Eles estiveram em um jantar promovido pelo grupo de juristas e advogados Prerrogativas, em São Paulo. De Pernambuco, estiveram presentes o governador Paulo Câmara (PSB), o prefeito do Recife João Campos (PSB), a deputada federal Marília Arraes (PT) e o deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB).

Também comparecerem ao encontro nomes como o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB-SP), o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB-AM), o deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido) e o senador Omar Aziz (PSD). 

O presidente do PT de Pernambuco e deputado estadual Doriel Barros (PT) considera o encontro com Alckmin como uma possibilidade de Lula avançar no diálogo com o ex-tucano para 2022. 

"Até porque Alckmin tem manifestado uma avaliação de que a gente precisa realmente formar uma frente máxima possível para tentar derrotar o bolsonarismo e claro que o presidente Lula está querendo dialogar. Geraldo Alckmin pode ser uma soma importante nessa luta que é tentar recuperar o Brasil eu acho que é um esforço que o presidente vem fazendo", prevê o petista. 

"Eu tenho conversado com o presidente Lula, eu acho que está indo bem. Minha avaliação é que ele aposta nessa possibilidade de ter Alckmin com ele na disputa. Vamos ver", resumiu o senador Humberto Costa ao JC.

Na avaliação da deputada estadual Teresa Leitão (PT), a tendência que Lula está seguindo de formação de alianças é necessária para o momento político que o país se encontra. 

"A gente tem que ampliar esse arco para derrotar Bolsonaro", disse. "Acho que foi um movimento muito importante. Esse sucesso acho que repercutiu na disputa para estar lá. Quem foi, foi porque concorda (com a aproximação). E lá tinha políticos de todas as matrizes que são oposição a Bolsonaro", aponta a petista. 

Partido de Alckmin

Geraldo Alckmin anunciou oficialmente sua saída do PSDB no último dia 15 de dezembro. Ele vem conversando com vários partidos, como o PSB, PSD e até o Solidariedade, sobre a possibilidade de filiação a um deles. 

O PSB é o partido mais alinhado ideologicamente com o PT, e com o qual discute inclusive formar uma federação partidária. Caso Alckmin realmente vá para as hostes socialistas, todos os arranjos estaduais seriam formados a partir desta composição. 

"Em relação a o PSB praticamente já temos um acordo firmado, tem alguns estados que o PSB coloca que gostaria de ter a cabeça de chapa, tem outros estados que o PT coloca que gostaria de ter cabeça de chapa. O ideal é ter um entendimento em relação a isso. É importante lembrar que provavelmente vamos ser uma federação, o mesmo partido, então essa coisa do candidato ser de um ou de outro partido, não fará muita diferença. Acho que está tudo caminhando bem, para definir o cenário nacional em fevereiro com lula e já com a definição do vice", disse o senador Humberto Costa. 

Em meio as discussões sobre qual destino o ex-tucano irá seguir, surgem supostos indicativos de uma preferência de Lula para qual partido ele deveria se filiar, o que vem sendo negado por petistas como a presidente nacional, Gleisi Hoffman. O Valor Econômico informou que Lula disse para Alckmin no jantar que queria que ele fosse para o PSD para ser seu vice. 

Humberto diz não acreditar nessa possibilidade. "Primeiro porque o Alckmin tem que escolher o caminho dele, o PT não vai definir o que ele deve fazer se ele quiser ser vice. Segundo que para nós o PSB é um aliado estratégico, no meio de campo, provavelmente vai fazer parte da mesma federação. Não haveria porque o presidente lula ter uma preferência para ter um vice do PSD e não do PSB", disse. 

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