O governador Paulo Câmara (PSB) deverá iniciar uma série de reuniões com os partidos que integram a Frente Popular de Pernambuco, a partir da próxima semana, para dar andamento na escolha do candidato à sua sucessão. Com o prazo estipulado para uma definição até o dia 31 de janeiro, a expectativa dos aliados é grande, já que a formação da chapa majoritária também implica nas alianças proporcionais.
Presidente estadual do MDB, o deputado federal Raul Henry considera que o tempo determinado pelo chefe do Executivo estadual para apresentar um nome, é positivo. “Nos primeiros quinze dias de janeiro, muita gente está viajando. Então é natural que essas discussões se dêem depois desse período. É importante que o governador tenha anunciado um prazo porque precisamos correr com a composição dessa chapa”, afirmou o dirigente emedebista.
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Sobre os eventuais pré-candidatos, que têm sido colocados à mesa nas últimas semanas - como o secretário da Casa Civil, José Neto, e os deputados federais Tadeu Alencar e Danilo Cabral - o ex-vice-governador deixa claro que essa é uma prerrogativa que caberá a Paulo Câmara. “Ele vai ter discernimento para escolher um nome que possa promover a convergência do conjunto da Frente Popular”, declarou Raul Henry.
Para o presidente estadual do PDT, o deputado federal Wolney Queiroz, “o PSB está consciente dos prazos e atento ao calendário”. “Com o cenário delineado é muito mais fácil para os partidos que integram a Frente Popular, poderem se posicionar e se colocarem à frente das discussões. No caso do PDT, nós temos algumas peculiaridades, pois temos um candidato a presidente (Ciro Gomes) que não é o candidato preferencial do PSB”, explica o pedetista.
Wolney Queiroz já admitiu a possibilidade de Pernambuco ter, em um mesmo palanque, dois candidatos à presidência da República. Nessa composição, o candidato a governador apoiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato ao Senado pediria votos para o ex-ministro Ciro Gomes. “Ciro teve mais de 700 mil votos em Pernambuco e tenho certeza de que a Frente Popular não quer perder esses votos”, ressaltou o parlamentar.
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Além disso, Wolney também chama atenção para o fato de que dois pré-candidatos ao governo da oposição, possuem representação forte no interior do Estado - Miguel Coelho (DEM), prefeito de Petrolina, e Raquel Lyra (PSDB), prefeita de Caruaru. “Essas duas pré-candidaturas praticamente impõem uma escolha de alguém da chapa que representa o interior”, alertou. Outro ponto é o fato de que o PDT foi uma peça importante na eleição do prefeito João Campos, em 2020, tendo na chapa a vice-prefeita Isabella de Roldão. “São coisas que precisam de definição e são relevantes para o PDT”, pontuou Queiroz.
Assim como Wolney Queiroz, o presidente estadual do Republicanos e deputado federal, Sílvio Costa Filho, tem o nome cotado para ser o candidato ao Senado Federal na chapa a ser liderada pelo PSB. Silvio Costa já afirmou que está pronto para encarar esse novo desafio e também segue aguardando pelo chamado de Paulo Câmara para conversar sobre o pleito estadual.
“Nesse momento todos os partidos precisam ter a serenidade e a tranquilidade para aguardar o debate interno do PSB, para que o partido venha apresentar o candidato ao governo do Estado. Até porque, a pauta da sociedade ainda não é a pauta da eleição. As pessoas estão pensando no planejamento anual, estão pensando na retomada do trabalho e acho que ainda não entrou na pauta da sociedade, o debate das eleições de 2022. Por isso que temos tempo para que seja apresentado o nome e a posterior a composição da majoritária”, declarou Silvio Costa Filho.
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