Pré-candidata a governadora

Raquel Lyra diz que saída do PSB em 2016 é 'página virada', mas não poupa críticas aos socialistas de Pernambuco

Na pré-campanha de 2016, Raquel teve a candidatura a prefeita de Caruaru rifada pelos socialistas. Em resposta ao gesto, ela e o pai, o ex-governador João Lyra, deixaram o PSB e se filiaram ao PSDB

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 12/04/2022 às 13:41 | Atualizado em 12/04/2022 às 13:42
Raquel Lyra (PSDB), ex-prefeita de Caruaru e pré-candidata ao Governo de Pernambuco - LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM

Em entrevista ao programa Segunda Chamada, do canal MyNews no Youtube, a ex-prefeita de Caruaru e pré-candidata a governadora Raquel Lyra (PSDB) afirmou que o imbróglio que a levou a deixar o PSB em 2016 é uma "página virada" na sua vida. A tucana, no entanto, teceu duras críticas ao partido do governador Paulo Câmara durante a sua participação na produção, e chegou a dizer que os socialistas se preocupam mais com a própria manutenção no poder do que com a vida das pessoas.

Na pré-campanha de 2016, ainda filiada ao PSB, Raquel teve a candidatura a prefeita de Caruaru rifada pelos socialistas. O partido teria aberto mão de concorrer na cidade do Agreste em troca do apoio do PDT à reeleição de Geraldo Julio no Recife.

Em resposta ao gesto, Raquel e o seu pai, o ex-governador João Lyra, deixaram o PSB e se filiaram ao PSDB. A ex-prefeita chegou a comentar, na época, ter ficado bastante chateada com Paulo Câmara, pois o chefe do Executivo estadual teria garantido a ela, meses antes, que se a então deputada estadual assumisse o diretório municipal socialista teria total liberdade para se lançar candidata, e ela acabou assumindo o diretório em novembro de 2015.

"Em troca de uma aliança com o PDT para a Prefeitura do Recife, o PSB abriu mão da minha candidatura em Caruaru quando eu estava liderando as pesquisas. Agora isso é página virada na minha vida, mas o jogo do PSB continua o mesmo, de quem busca fazer alianças de conveniência e ao sabor dos ventos", declarou Raquel. "Essas alianças de conveniência, aliás, têm sido muito comuns no PSB, que está pouco preocupado com a vida da população e mais preocupado com a própria manutenção do poder", completou a tucana.

Na entrevista, Raquel também fez questão de criticar a reaproximação entre o PT e o PSB, que ficaram afastados durante a última eleição no Recife. "Em 2020, o PSB e o PT se enfrentaram na Prefeitura do Recife e o PSB praticamente demonizou o PT. E agora, uma aliança mais uma vez colocada entre ambos. Eu acho que o PSB tem que se explicar muito sobre como verdadeiramente se entende que deve fazer política no Brasil", declarou a postulante a governadora.

Na eleição municipal de 2020, a campanha do hoje prefeito do Recife, João Campos, não poupou críticas ao PT e à candidata do partido no pleito, a deputada federal Marília Arraes, atualmente filiada ao Solidariedade e pré-candidata a governadora. Em debates e inserções publicitárias, o gestor municipal chegou a dizer que não aceitaria a indicação de nenhum petista para cargos na prefeitura da capital pernambucana nos seus quatro anos de governo.

"É de causar estranheza, uma candidata do PT falando em corrupção", declarou João, durante debate promovido pela TV Jornal naquele ano. Em outro momento, o socialista disse que a cidade não poderia "andar para trás", se referindo aos 12 anos em que o PT governou o Recife.

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