Do Estadão Conteúdo
Em resposta a uma pergunta do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre escândalo de desvio de dinheiro na Petrobras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a citar que tomou medidas nos seus governos para combater a corrupção e acusou o adversário de dizer bravatas.
"As pessoas precisam saber que inverdades não valem a pena na televisão. Citar números mentirosos não vale a pena. Não tem nenhum presidente da República que mais fez (no combate à corrupção). Lei Anticorrupção, AGU, fizemos Coaf funcionar", citou, durante participação no primeiro debate presidencial na TV, neste domingo.
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O presidente Bolsonaro, candidato à reeleição, citou na noite deste domingo, 28, no primeiro debate presidencial das eleições na TV, o ex-ministro Antonio Palocci para trazer à tona casos de corrupção no governo do ex-presidente Lula (PT).
A estratégia da campanha do chefe do Executivo é tentar aumentar a rejeição ao petista no eleitorado ao relembrar escândalos de desvio de dinheiro. "O seu governo foi o governo mais corrupto da história do Brasil", declarou Bolsonaro. O presidente também disse que as administrações petistas foram caracterizadas pela "cleptocracia", ou seja, "à base do roubo".
Governo
Lula aproveitou a resposta para citar feitos do seu governo, como investimentos na educação, geração de emprego, redução do desmatamento e política de valorização do salário mínimo. "Meu governo deveria ser conhecido exatamente por isso. Exatamente essa é a marca do meu governo. O País que eu deixei é o país que o povo tem saudade, o País do emprego, e esse País vai voltar", provocou.
Ainda durante o debate, o ex-presidente disse que vai propor um pacto com governadores e prefeitos para reduzir "o atraso educacional" deixado pela pandemia. "Lamentavelmente, educação foi abandonada no País", criticou, sem citar diretamente o governo Bolsonaro.
Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, usou indicadores econômicos e benefícios sociais para defender seu governo. O chefe do Executivo tem sido aconselhado por assessores a falar de economia para ganhar votos.
"É um governo que tem um olhar todo social para os mais pobres", declarou Bolsonaro, dois dias depois de ter negado que há fome no País. O presidente citou o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 a R$ 600 até o final do ano, garantindo que o valor permanecerá o mesmo no ano que vem, e a redução dos preços dos combustíveis com o teto de 17% para o ICMS, além da desaceleração da inflação e a queda do desemprego.
"Nosso PIB está crescendo, nós fizemos milagre durante a pandemia", emendou, ao dizer que agiu "sem demagogia" e com responsabilidade fiscal.