A escola é lugar de ensinamentos, conhecimentos e também diversão. As crianças são criativas em todos os aspectos possíveis, inclusive reivindicando os seus direitos.
Com isso em mente, O Viral trouxe uma história um tanto inusitada: alunos, na faixa etária de 6 a 9 anos, fizeram cartazes e protestaram na escola em que estudam pedindo mais tempo de recreio.
- Coelho obtém autorização judicial para poder viajar em avião de companhia aérea
- Vídeo: garoupa-gigante devora tubarão inteiro e surpreende pescadores
- Empresa ''está criando Deus'' com projeto de inteligência artificial, segundo ex-Google
- Vídeo: entregador da Amazon joga encomenda no telhado de uma casa e viraliza na web
- Homem ganha na loteria mas morre afogado com bilhete no bolso
Sobrou até para o patrono da educação, Paulo Freire, com a mão levantada do túmulo pedindo por mais tempo de intervalo para os pequenos. Já pensasse?
As imagens foram divulgadas na última terça-feira, dia 28 de setembro, no Twitter da psicóloga Isabela Cadete, 27, e viralizaram na web. Ela atua como auxiliar de supervisão pedagógica na Escola da Serra, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
"Brinquei hoje que o cartaz virou nossa Mona Lisa. Hoje educadores tiraram fotos ao lado do cartaz muito orgulhosos das pessoas que estamos formando ali", conta Isabela.
Isabela explicou que a inspiração para o desenho poderia ter vindo de uma conversa com um auxiliar de sala, que explicou a importância de Paulo Freire. "Ele respondeu algumas coisas pontuando o quanto Freire falava sobre a liberdade no ensinar e no aprendizado", disse.
Dentro da instituição de ensino, devido às restrições da Covid-19, os alunos possuem meia hora de recreio, sendo dividido em 15 minutos só para comer (não sendo permitido brincar e conversar sem máscaras) e os outros 15 minutos para brincadeiras no pátio da escola.
Mas afinal, os alunos conseguiram mais tempo de recreio ou não?
A psicóloga garantiu que a manifestação estudantil foi levada a sério pela direção da instituição de ensino. "Esse tipo de manifestação é sempre bem-vinda. É assim que a escola funciona, ouvindo os alunos também. O corpo estudantil tem tanta voz quanto os educadores, é uma parceria", explicou.
Por fim, a escola realizou uma assembleia com os professores e alunos para discutir a questão. E advinha qual foi o resultado? As crianças conseguiram mais 15 minutos para brincar.
"A escola está em formato de bolhas, seguindo o protocolo da prefeitura de BH (as crianças de salas diferentes não participam do recreio juntas). Foi decidido que o tempo de pátio seja ampliado em três dias diferentes na semana para que cada turma possa aproveitar. Assim, houve aumento de 15 minutos para brincar. Uma grande vitória", finalizou Isabela.