Atualizada às 22h06
A Delta Tankers, petroleira grega apontada como principal suspeita pelo derramamento de óleo no Nordeste, negou, em nota divulgada nesta segunda-feira (4), ser a responsável pelo vazamento da substância e afirmou ter “dados e documentos” que comprovam que a embarcação não está envolvida no caso, ou seja, que é inocente. No entanto, a empresa disse que “até o momento ninguém pediu” para ver esses documentos.
“A Delta Tankers tem todos os dados e documentos que provam que sua embarcação não está envolvida, mas até o momento ninguém pediu para vê-los”, diz um trecho da nota. A empresa disse o Ministério de Assuntos Marinhos da Grécia não recebeu pedido de informações e que também não foi procurada pela Polícia Federal.
Em entrevista ao UOL, um representante da empresa grega reforçou a nota divulgada pela petroleira e disse que "só soube do caso, até agora, pela mídia. Adoraríamos auxiliar o governo brasileiro nessa investigação, mas não fomos contatados ainda", afirmou Mark Clark, porta-voz da empresa.
Em coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que ''não sabemos a quantidade derramada (de óleo) que está por vir''. A declaração foi em resposta às palavras do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que o 'pior está por vir' sobre o derramamento de óleo.
A PF afirmou, ainda nesta segunda-feira (4), que a petroleira será notificada pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). “A empresa vai ser notificada agora, vai tomar conhecimento do teor todo da investigação, e vai ser solicitada via Interpol para apresentar os documentos e as provas que alega ter. A empresa é suspeita no momento, não houve indiciamento”, comentou o delegado Franco Perazzoni.