Mesmo sendo a maioria, mulheres enfrentam machismo no mundo dos games
Além de, quase sempre, não se enxergarem na tela enquanto personagens, elas também se sentem isoladas por uma cultura machista que tenta excluí-las do processo criativo
Apesar de representarem mais da metade dos jogadores de games no País (53,6%), segundo pesquisa realizada pela Game Brasil, as mulheres ainda sofrem com a falta de representatividade na área. Além de, quase sempre, não se enxergarem na tela enquanto personagens, elas também se sentem isoladas por uma cultura machista que tenta excluí-las do processo criativo.
Catarina Macena, designer de jogos e idealizadora do Game Jam, evento voltado apenas para mulheres gamers, explica que o espaço, em geral, ainda é masculino. “A mulher é, muitas vezes, menosprezada. As personagens são na maioria das vezes hipersexualizadas. Ou seja, as manifestações de machismo no mundo dos games não são diferentes das que a gente já vê no dia a dia, independente da área”, afirmou.
A indústria de videogames se comercializa inequivocamente como um clube para meninos. Como resultado, a entrada das mulheres neste espaço se torna mais complicada. Porém, as garotas sempre jogaram e graças ao crescimento da indústria de jogos móveis, em particular, tem sido impulsionado por uma base de consumidores do sexo feminino.