Elis Regina para ver e rever em nova minissérie da Globo

'Elis - Viver é Melhor Que Sonhar' estreia nesta terça-feira (8) com roteiro adaptado pelo pernambucano George Moura
Robson Gomes
Publicado em 08/01/2019 às 5:00
'Elis - Viver é Melhor Que Sonhar' estreia nesta terça-feira (8) com roteiro adaptado pelo pernambucano George Moura Foto: Foto: TV Globo/Divulgação


Entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, a cinebiografia Elis, dirigida por Hugo Prata, arrastou mais de 560 mil espectadores às telonas para assistir a história da cantora gaúcha nascida como Elis Regina Carvalho Costa. Na época, a Pimentinha foi interpretada pela atriz Andreia Horta, que arrancou elogios do público e crítica. Dois anos depois, a atriz foi convocada a encarnar a artista novamente, agora para uma versão televisiva do longa, que estreia hoje na TV Globo, na minissérie de quatro capítulos Elis – Viver É Melhor Que Sonhar.

A adaptação do filme para a minissérie foi capitaneada pelo roteirista pernambucano George Moura (autor dos sucessos O Canto da Sereia, Amores Roubados e Onde Nascem os Fortes), que somou o seu trabalho ao roteiro original do longa assinado por Luiz Bolognesi, o diretor Hugo Prata e Vera Egito. Em meio ao processo de edição final da obra, o conterrâneo conversou com o Jornal do Commercio e contou alguns detalhes do que o público verá a partir de hoje à noite, logo após a novela O Sétimo Guardião.

“A ideia não é fatiar um longa-metragem em quatro episódios. E sim, pegar o longa-metragem e transformá-lo num outro produto. No caso da minissérie Elis, especificamente, nós pegamos o filme original e o transformamos num docudrama”, explica o roteirista. Para construir algo novo, então, a minissérie ganhou novos personagens e uma linguagem próxima de minidocumentário.

“Acrescentamos não só cenas inéditas de dramaturgia com personagens que não estão no filme original como a Rita Lee (Mel Lisboa), o Antônio Carlos Jobim (Sergio Guizé) e o Vinícius de Moraes (Thelmo Fernandes). Também criamos uma narrativa, uma espécie de fio condutor da minissérie, que será uma entrevista hipotética de Elis Regina – que na verdade, é um apanhado de todas as entrevistas – onde ela fala de coisas da vida, da música, de como o artista se posiciona perante a sociedade e outras questões”, diz Moura.

Não será a primeira vez, entretanto, que o roteirista faz uma obra especial sobre Elis para a televisão. “Eu já havia feito para a Globo há 12 anos o programa que criei, o Por Toda a Minha Vida, que já traziam esses docudramas musicais. E o projeto piloto dele – que ficou na grade da TV por seis anos e fui indicado no Emmy seis vezes por conta deles – foi sobre Elis Regina (levado ao ar em dezembro de 2006), interpretada pela nossa queridíssima e conterrânea atriz Hermila Guedes”, relembra o autor. “Então, para mim, foi muito legal voltar a me debruçar sobre a história dessa que talvez seja a maior cantora brasileira e, agora, a partir de uma outra matriz, que é o filme protagonizado pela Andreia Horta, dirigido pelo Hugo Prata”, afirma.

O trabalho de George Moura na concepção desta obra lhe demandou pouco mais de três meses de trabalho. E o roteirista garante que teve liberdade total do diretor do longa para mexer no filme como achasse pertinente.

VIVER É MELHOR QUE SONHAR

Já o subtítulo dado à minissérie tem uma explicação, segundo Moura. “É um verso de uma música dela (Como Nossos Pais) e que eu considero um DNA do que era a Elis: uma mulher à frente do seu tempo e que, sobretudo, se aventurava. Ela viveu intensamente a sua trajetória e morreu precocemente, talvez até por essa intensidade com que viveu”, justifica.

Para George Moura, mais que uma história de uma grande cantora, a obra terá um recado mais urgente: “Elis – Viver é Melhor Que Sonhar é uma minissérie sobre como é importante existir a liberdade para que a expressão da cultura se manifeste, algo que ela fazia com maestria. Acho que essa é uma das ideias centrais desta obra”.

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