Pela segunda vez em 2019, a B3, bolsa de valores brasileira, foi palco de uma abertura de venda de ações (IPO, na sigla em inglês). No Novo Mercado da B3, que reúne as empresas com maiores níveis de governança, a Neoenergia colocou oficialmente em oferta, nesta segunda-feira (1º), cerca de 200 milhões de ações, que devem movimentar R$ 3,26 bilhões na bolsa.
Precificada a R$ 15,65, as ações abriram cotadas em R $16, 86. Ao todo estão sendo ofertadoAs 29,7 milhões da Iberdrola, 64,9 milhões do Previ e 113,4 milhões do Banco do Brasil, através da BB Investimentos.
A espanhola Iberdrola, segue sendo a principal acionária da companhia, passando de 52% para 50% de participação, seguida pelo fundo Previ (que sai de 38% para 32%). O BB investimentos vendeu sua fatia inteira de 9,3%, deixando assim cerca de 17% para os novos investidores. "A saída do BB é mais um passo na evolução natural da Neoenergia. O Banco do Brasil é de investimentos. A nossa estratégia não vai mudar, mantendo o foco na energia renovável e provendo a infraestrutura que o Brasil precisa", afirma o presidente da Neoenergia, Mario Ruiz.
Consolidada, a venda de ações da Neoenergia é o maior IPO para o setor energético desde 2004. "É um passo histórico. Temos 142 companhias no Novo Mercado, e com o IPO a empresa terá mais condições de crescimento. Os investidores estão buscando novas alternativas, e esse setor (elétrico), com sua previsibilidade, é um importante portão de entrada para os investidores pessoas física", diz o presidente da B3, Gilson Filkestein.
Para os planos no Brasil, até 2022 espera-se investimentos na ordem dos R $ 30 bilhões, como foco na ampliação das redes de distribuição e energia renovável. Ao todo, a Neoenergia está presente em 18 estados, atendendo 34 milhões de pessoas com geração, transmissão, distribuição e comercialização através das distribuidoras Cosern (RN), Coelba (BA), Elektro (SP) e Celpe, em Pernambuco.