Economia em Pernambuco crescerá em ritmo lento em 2018, diz Santander

Estudo do Santander mostra que Pernambuco pode crescer até 1,5% este ano
Da editoria de economia
Publicado em 09/03/2018 às 7:04
Estudo do Santander mostra que Pernambuco pode crescer até 1,5% este ano Foto: Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil


Pernambuco deve apresentar taxas tímidas de crescimento em 2018, segundo pesquisa do banco Santander sobre quais regiões vão liderar o crescimento em 2018. A estimativa é de que a economia deve se manter estável ou crescer até 1,5% este ano, enquanto o Brasil pode mostrar expansão de 3,2%. O desempenho tímido está em linha com a recuperação lenta de áreas de grande peso, como construção civil e indústria. Os níveis deprimidos de emprego e renda também desaceleram o crescimento.

De acordo com o economista do Santander, Rodolfo Margato, a construção civil está com dificuldades de mostrar reação mais consistente, mas pode se estabilizar. O setor é importante porque gera muitos empregos no Estado. Já setores industriais, como transformação, petroquímica e alimentos, vão apresentar recuperação a nível lento.

"O estudo mostra retomada da indústria pernambucana em um ritmo lento. Com os dados fracos da construção civil, há um crescimento na economia, mas mais modesto em relação a outras regiões", afirma o economista.

Ele lembra, no entanto, que Pernambuco mantinha taxas de crescimento maiores do que a do País. Entre 2007 e 2017, o Estado cresceu 4,2% contra expansão de 3,5% do Brasil.

NORDESTE

O boletim regional classificou os estados por faixas de crescimento, como forte (maior que 3%), crescimento moderado (entre 1,5% e 3%), além do fraco ou estabilidade (de 0,0% a 1,5%) para analisar as diferenças regionais no processo de recuperação da economia do País.

No Nordeste, Bahia, Sergipe e Alagoas devem apresentar o mesmo desempenho que Pernambuco. Enquanto Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão podem crescer entre 1,5% e 3%.

No geral, a região crescerá, mas ficará abaixo da média brasileira. A principal razão é a fraqueza do mercado de trabalho que sofre com alto nível de desemprego, em torno de 14%. Pernambuco apresentou 16,8% de taxa de desocupação no quarto trimestre de 2017, segundo o IBGE.

O desemprego impacta na renda e confiança das famílias na hora de consumir. "Para o Estado consolidar a retomada aparentemente ainda tímida é importante observar melhora nas condições do mercado de trabalho. Com desemprego alto, é difícil uma melhora expressiva nas vendas do varejo, prestação de serviços. Agricultura, construção civil e indústria são importantes, mas o maior peso na composição do PIB é dos serviços", diz Rodolfo.

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