Andando a passos largos à frente da chamada "economia real", a economia digital tem crescido em todo o mundo, e no Recife isso não é diferente. Parque Tecnológico da capital pernambucana, o Porto Digital fechou 2019 com um crescimento de 24% no faturamento das empresas, que chegaram ao número de 339, com um total de 11,6 mil colaboradores. Para 2020, a expectativa do parque é abrir cerca de 3,2 mil vagas de trabalho, que só serão preenchidas mediante esforço para formação de mão de obra qualificada.
De acordo com pesquisa realizada pelo próprio Porto Digital, o faturamento de R$ 1,8 bilhão em 2018 subiu para R$ 2,3 bilhões em 2019, com 32% dos postos de trabalho sendo ocupados por mulheres e os negócios segmentados nas áreas de tecnologia (41%), educação (19,7%) e saúde (8,2%), obviamente todas tendo como base a tecnologia da informação.
Em 2019, algumas empresas se destacaram em relação à média de faturamento e o número de postos de trabalho gerados mesmo com a escassez de mão de obra qualificada. No que pode se chamar de um "Top 3" do PD, em termos de faturamento, estão, em ordem alfabética, In Loco, Insole e Fusion, com segundo o próprio Porto Digital, um faturamento em torno dos R$ 10 milhões.
Saiba quais as demais empresas que mais faturaram no parque e, mais embaixo, quais as oportunidades de qualificação para empregos nessa área este ano.
1- Accenture
2- Acqio
3- Avanade
4- Avantia
5- Cesar
6- InLoco
7- Insole
8- Neurotech
9- Serttel
10- Tempest
1- Accenture
2- Avanade
3- Avantia
4- Cesar
5- Globo
6- Pitang
7- Speed +
8- Stefanini
9- Serttel
10- Tempest
Mesmo com o crescimento no faturamento das companhias instaladas no Porto Digital, o parque, assim como outros hubs tecnológicos mundo afora ainda esbarra na falta de mão de obra. Por ora, estima-se que estejam abertas de 900 a 1 mil oportunidades só nas empresas instaladas o Porto Digital e para 2020 a expectativa é abrir pelo menos 3 mil vagas.
Para ocupar essas vagas, o PD tem fechado parcerias com universidade públicas e privadas. Ao longo do ano passado, três universidades fecharam parcerias com o Porto, e em 2020, o foco será em novos cursos de graduação gratuitos, ofertados através da Universidade de Pernambuco e de um quarto parceiro privado que será ainda será anunciado.
"Temos com a Unit um curso de graduação já rodando, com turma, para Programação. Dura dois anos e meio. Estamos lançando Engenharia de Software agora. Com a Unicap, já está no vestibular deste ano, começando agora em fevereiro, o curso de sistema para internet, também durando dois anos e meio. O que queremos, a partir de agora, é encontrar forma para não fazer curso só para quem pode pagar, para incluir a população pobre", diz o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena.
Atualmente, segundo ele, 1,5 mil pessoas se formam em cursos de tecnologia nas universidades pernambucanas, com um custo médio de R$ 18 mil para formação em dois ou dois anos e meio.
Para trazer oportunidade para a população mais pobre, segundo o secretário de ciência, tecnologia e inovação de Pernambuco, Aluísio Lessa, deverá ser lançado na UPE o curso para bacharel em Ciência e Tecnologia, com duração de 4 a 5 anos para formação, mas também com alternativas modulares para qualificar mão de obra de forma mais rápida.
O projeto, conforme ele, já foi apresentado ao governador do Estado e conta com total interesse da UPE, devendo ser lançado ao longo de 2020. Outra oportunidade para graduação deverá ser anunciada pelo Porto Digital ainda esta semana. Desta vez, a promessa é uma parceria com uma universidade privada, para oferta de cursos gratuitos na área de TI.