O presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, justificou na noite de terça-feira a decisão da entidade de levar a final da Copa Libertadores, entre Flamengo e River Plate, no próximo dia 23, às 17 horas (de Brasília), de Santiago para Lima e explicou a complexidade da reunião entre as partes envolvidas.
"Houve consenso, mas não foi rápido. Vínhamos trabalhando a respeito de uma cidade havia mais de um ano e agora tivemos que encontrar a opção mais viável", declarou o dirigente em entrevista coletiva após o encontro na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai.
A definição de levar o jogo para o estádio Monumental de Lima, no Peru, foi feita em encontro de mais de seis horas de duração entre representantes dos dois clubes envolvidos, da CBF, das confederações de Argentina e Chile e de Domínguez. Todos eles também estiveram presentes na entrevista coletiva.
O dirigente disse que a decisão foi tomada depois de uma conversa com a ministra de Esporte do Chile, Cecilia Pérez, e de ter analisado a crise política que passa o país "em 360 graus". "A alternativa mais viável para todos, e tendo as garantias do governo peruano, é que o jogo seja realizado em Lima", afirmou. Curiosamente, o país também viveu problemas políticos nos últimos meses.
O presidente da Conmebol anunciou que devolverá o dinheiro dos ingressos dos torcedores que haviam comprado bilhetes para ver o jogo no Chile. Eles também terão preferência caso queiram entradas para a partida no Peru. Por outro lado, o cartola paraguaio não explicou se será possível reaver o valor das passagens aéreas compradas para Santiago, mas prometeu conversar com as empresas aéreas.
O presidente da Conmebol esclareceu que a decisão foi tomada devido às trocas no governo peruano e na presidência da federação de futebol do país, mas fez questão de dizer que todos esses temas estão superados. "O problema tinha a ver com a falta de autoridades com quem levá-lo adiante e atualmente está completamente restabelecido", revelou.