Mesmo depois de ter aposentado as chuteiras, Kuki continua tendo seu nome vinculado ao Náutico. Consagrado como um dos maiores artilheiros da história do Timbu, com 184 gols, o ex-jogador desempenha a função de auxiliar técnico do clube desde 2010. Um dos poucos exemplos de final feliz entre um grande ídolo e o clube que o consagrou na história recente do futebol pernambucano. Uma pequena rusga, porém, faz parte da trajetória do ex-jogador, quando ele teve de deixar o Timbu para vestir a camisa do Santa Cruz.
O episódio aconteceu na reta final da carreira de Kuki. Ele foi emprestado em julho de 2007 até o fim daquele ano, depois de enfrentar sucessivas críticas da torcida alvirrubra. O acerto foi firmado entre os então presidentes dos dois clubes: Edson Nogueira, do Santa Cruz, e Ricardo Valois, do Náutico. Na coletiva de apresentação, Kuki foi perguntado se beijaria o escudo coral na ocasião de um gol e respondeu que não, em respeito aos dois times.
Os dois anos seguintes foram dedicados ao Náutico, onde decidiu encerrar a carreira de jogador profissional. Em 2010 passou a atuar como auxiliar técnico do clube. Primeiramente na comissão liderada pelo treinador Waldemar Lemos. De lá para cá, já são cinco anos. Técnicos como Alexandre Gallo, Vagner Mancini e Roberto Fernandes já estiveram à frente da equipe. O comando técnico muda, nomes chegam, alguns se consolidam por certo tempo, mas continuam passando. Enquanto Kuki permanece. No mesmo posto, na mesma função. Tal qual uma parte do Náutico e da história que ele continua ajudando a construir.