Com se não bastasse a saúde financeira do Sport estar bastante debilitada, a situação fiscal do Leão também não é das melhores. De acordo com os números demonstrados no balanço do clube de 2017, que a reportagem do Jornal do Commercio teve acesso, a dívida rubro-negra só com impostos em aberto no ano passado ultrapassa os R$ 9 milhões.
“Pelo balanço, o Sport deixou de recolher impostos como ISS, INSS. Além disso, não pagou os parcelamentos de débitos negociados. Já são duas parcelas em aberto e isso pode provocar a rescisão das parcelas caso a inadimplência chegue a terceira consecutiva”, alertou Homero Lacerda, presidente do Conselho Deliberativo do Sport.
Confira a entrevista com Homero Lacerda:
O que é ainda mais alarmante, segundo o relatório fiscal, é o fato de a atual gestão rubro-negra não estar recolhendo os tributos da retidos da fonte. “O Sport é uma empresa que está com a saúde na UTI. Além de ter tido um prejuízo de R$ 18 milhões, ainda tem um débito de R$ 9.073.021,30 de encargos atrasados. Algumas, inclusive, com apropriação indébita. O que é crime. Arnaldo (Barros), como bom advogado, sabe disso”, disparou o ex-presidente Wanderson Lacerda.
Só de INSS que não foram repassados aos funcionários do Leão, o Sport deve R$ 1.506.729,45. Já com relação ao INSS de pessoas jurídicas que prestam serviço ao clube o débito é de R$ 246.161,92.
Nos últimos quatro anos, a diretoria rubro-negra conseguiu estampar o patrocínio da Caixa Econômica Federal. Porém, para a temporada 2018, o acordo não foi aprovado. “Com certeza, o Sport não conseguiu renovar esse patrocínio porque não apresentou a certidão negativa de débito. A Caixa não patrocina ninguém que não tenha essas certidões legais da situação tributária. O raciocínio simples é esse. Era um patrocínio muito bom e que sempre ajudou o clube, mas que infelizmente veio por água abaixo”, lamentou Homero.